Marcelo avalia aumento dos preços da EDP
O Presidente poderá vir a pronunciar-se sobre o aumento dos preços da EDP, matéria que diz estar a estudar. Mas não quer comentar a notícia sobre o pedido de bilhetes ao Benfica por parte de Centeno.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que o aumento dos preços da eletricidade pela EDP no mercado livre é uma matéria que está a estudar e sobre a qual poderá vir a pronunciar-se.
“É uma matéria sobre a qual não me queria pronunciar já, uma vez que estou a estudá-la e a acompanhar o que se passa, porque ela é muito mais vasta e muito mais ampla. E quando tiver dados de facto para eventualmente me pronunciar, pronunciarei”, declarou o chefe de Estado, em resposta a questões dos jornalistas, na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa.
Em 2018, no mercado livre, a EDP Comercial vai aumentar o preço da eletricidade em média 2,5% este ano.
Segundo o presidente da empresa, Miguel Stilwell, a principal razão para esta subida média de 2,5% das tarifas em 2018 é o “aumento de preços da energia no mercado grossista em 24% no último ano”, em grande parte devido à seca e ao incremento do preço do carvão.
Em outubro de 2017, a EDP Comercial era o principal operador no mercado livre de eletricidade em número de clientes (84% do total de clientes) e em consumos (cerca de 43% dos fornecimentos no mercado livre).
Na sequência deste aumento, que começou a ser comunicado aos clientes na quarta-feira, o Governo solicitou à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) informação e análise sobre a existência de empresas em mercado livre a aumentar preços da eletricidade “em outras componentes que não a do custo unitário de energia”.
Marcelo não comenta pedido de Centeno ao Benfica
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava após ter ouvido cantar as Janeiras, em Dia de Reis, foi também questionado sobre a notícia do jornal ‘online’ Observador de que o ministro das Finanças pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo de futebol na bancada presidencial, mas recusou comentar este caso.
Interrogado sobre se vê razões para polémica nesse pedido do ministro Mário Centeno, o chefe de Estado disse: “Eu não vou comentar agora casos avulsos dessa natureza”.
Questionado sobre se considera que os responsáveis políticos devem ter este tipo de benesses, respondeu: “Não vou comentar uma matéria que, primeiro, é pontual, e relativamente à qual não tenho dados, de facto, para poder comentar”.
O Observador noticiou na sexta-feira que Mário Centeno “pediu lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada”, disputado no dia 1 de abril de 2017, referindo que o gabinete do ministro das Finanças confirmou esse pedido de “dois lugares para a bancada presidencial” e justificou-o com razões de segurança.
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