Este pode ser o maior roubo de criptomoedas de sempre
Plataforma japonesa avançou que lhe foram "retirados ilicitamente" 530 milhões de dólares em criptomoedas NEM. A confirmar-se o montante, este será o maior desvio da história deste setor.
Uma das mais populares plataformas usadas para comprar e vender criptomoedas, na Ásia, pode ter sido alvo do maior roubo de sempre do setor. De acordo com a Coincheck, 530 milhões de dólares (pouco mais de 426,3 milhões de euros) em moedas NEM foram “retirados ilicitamente” da sua bolsa por piratas informáticos. Os 260 mil investidores afetados devem ser parcialmente reembolsados pela empresa japonesa, garante a CNN Money.
“Prometemos reexaminar as nossas práticas comerciais e procurar tornar claro todos os factos envolvidos nesse caso, descobrir a origem da falha, salvaguardar os nossos clientes, desenvolver medidas mais fortes e eficazes para a gestão dos riscos do nosso sistema e para prevenir eventos semelhantes, no futuro”, adiantou a plataforma, no seu blog. A Coincheck admitiu ainda que o sucedido causou imensas dificuldades aos seus utilizadores, às outras plataformas do tipo e à indústria das criptomoedas em geral.
Neste quadro, por enquanto, as negociações de todas as moedas digitais (à parte da bitcoin), nesta plataforma japonesa, mantêm-se suspensas. Com a divulgação deste roubo, a NEM sofreu uma desvalorização de quase 20%, mas entretanto já começou a recuperar das perdas.
Além disso, o próprio Governo japonês já reagiu ao caso, exigindo a melhoria das práticas de negócio, neste setor. As autoridades responsáveis pela área financeira nipónica estão, por isso, atentas ao comportamento da Coincheck, no rescaldo da falha.
Esta não é a primeira vez que piratas informáticos conseguem roubar milhares ou mesmo milhões de dólares em criptomoedas. A confirmar-se o montante, este será o maior desvio da história da indústria, ultrapassando o anterior recorde: um desfalque de 400 milhões de dólares (pouco mais de 321,7 milhões de euros) sofrido pela plataforma Mt Gox (também ela japonesa) em 2014. Nesse caso, a empresa acabou por entrar em bancarrota e os investidores não foram, até ao momento, reembolsados pelos valores perdidos.
Por outro lado, a Coincheck já prometeu devolver pelo menos cerca de 80% dos investimentos perdidos, mas não quis revelar a origem dos fundos que sustentarão essa operação. De acordo com a Bloomberg, esta plataforma japonesa foi fundada em 2012 e, em julho do ano passado, contava com 71 colaboradores, na sua sede em Tóquio.
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