O Estado da União de Trump em seis “great” números

  • Juliana Nogueira Santos
  • 31 Janeiro 2018

Trump falou a economia, da imigração e do novo momento da América. Mas há (seis) números para além das palavras.

Na noite passada — madrugada em território nacional — Donald Trump foi ao Congresso fazer o seu primeiro discurso sobre o Estado da União. Falou da economia, de imigração, dos mercados e das epidemias internas. Acabou por afirmar que este é um novo momento para a América. Um momento “grande”.

Mas para além das palavras do Presidente dos Estados Unidos, que continuam a ecoar neste dia de quarta-feira pelos meios de comunicação e pelas redes sociais, há números que também valem a pena serem analisados. O ECO escolheu seis.

38% de aprovação

Donald Trump pisou o chão do Congresso para o seu primeiro Estado da Nação com uma aprovação de 38%, segundo dados da Gallup. Os últimos escândalos relacionados com a investigação da interferência russa nas eleições norte-americanas e os esforços do Presidente para manter uma guerra aberta com o FBI têm impedido os cidadãos de verem com melhores olhos a governação de Trump. Ainda assim, o nível de aprovação não está em mínimos, tendo atingido os 35% em agosto do ano passado.

80 minutos

Após um discurso em Davos que demorou pouco mais de 20 minutos, Trump decidiu que o seu primeiro Estado da Nação deveria incluir tudo aquilo que havia a dizer sobre este último ano e os tempos que se seguem. Assim, o republicano falou durante uma hora e 20 minutos, tornando-se este o terceiro maior discurso da história — o primeiro lugar pertence a Bill Clinton, com uma hora, 28 minutos e 49 segundos, em 2000. Barack Obama, por outro lado, tinha fixado a sua média de discursos nos 63 minutos.

28 “greats”

A utilização do adjetivo “grande” é já uma tradição nas declarações de Trump, sejam elas discursos ou simples comentários. Assim, neste Estado da União os “great” não faltaram. Foram 28 ao longo dos 80 minutos, utilizados para falar de personalidades, medidas, sem esquecer o lema principal “Make America Great Again”.

Sete afirmações duvidosas

Assim que o discurso acabou, os jornais apressaram-se a fazer uma “prova dos nove” às afirmações do Presidente. Do The Washington Post, ao The New York Post, passando pelo Vox, os meios de comunicação social encontraram sete afirmações que suscitaram dúvidas: Trump ficou com os créditos pela redução do desemprego entre os cidadãos afro-americanos, disse que a sua Administração está a fazer tudo para resolver a crise dos opioides, reiterou a promessa de baixar os preços dos medicamentos, repetiu informações erradas sobre o sistema de emigração, entre outros.

40 milhões de espetadores

Parece que não foram muitos os interessados em ver o Estado da União. A audiência do discurso foi de 40 milhões de espetadores, ficando atrás de discursos como o de Obama em 2009, o de Bush em 2003 ou Clinton em 1993. No ano passado, quando Trump se dirigiu ao Congresso — não sendo este um discurso de Estado da União, visto que um Presidente não o faz no primeiro ano de mandato — as audiências chegaram aos 47,7 milhões de pessoas.

4,5 milhões de tweets

Quem não podia falhar eram os utilizadores da rede social preferida do Presidente, o Twitter. Este discurso tornou-se no mais tweetado da história, com 4,5 milhões de mensagens. Os números, divulgados pela rede, agrupam os posts feitos com os hashtags #SOTU — a sigla inglesa de Estado da União — e #jointsession, visto que esta era a sessão em que ambas as câmaras estavam presentes.

O recorde anterior era de três milhões de tweets e era detido por… Donald Trump. Há um ano atrás, quando se dirigiu ao Congresso, o recém-eleito Presidente conseguiu suscitar todas estas interações. O Twitter só tem a agradecer.

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