Governo investe 86 milhões para controlar as cheias no país

Vão ser investidos 86,5 milhões de euros em 26 projetos em todo o território para controlar as cheias. O Fundo de Coesão vai dar um apoio de 63,94 milhões de euros.

Mais de metade do país (56%) continua em seca severa, mas os portugueses têm bem presente na memória partes do país cobertas de água pelas cheias mais ou menos violentas. Até em contexto urbano, chuvas mais intensas, num curto espaço de tempo, deixam partes da cidades alagadas. Loures, Alcântara, Setúbal são bons exemplos. Para travar o fenómeno vão ser investidos 86 milhões de euros em 26 projetos para controlar as cheias.

O Fundo de Coesão vai ajudar a resolver o problema com 64 milhões de euros atribuídos através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). Em causa estão projetos como a regularização fluvial e controlo de cheias da ribeira do Prior Velho (um investimento total 10,74 milhões de euros do município de Loures, com um apoio comunitário de 8,33 milhões) ou o desassoreamento da albufeira do Açude na ponte ponte de Coimbra e a estabilização da margem direita do Rio Mondego entre a Ponte Santa Clara e o Açude — o projeto mais avultado dos 26 cujo termo de aceitação relativos aos três avisos lançados pelo POSEUR vai ser assinado esta quarta-feira, com a presença do ministro do Ambiente, Matos Fernandes. Neste caso, a câmara de Coimbra terá de avançar com um investimento de 14,18 milhões de euros que contam com uma comparticipação de 11,92 milhões.

“Através destes 26 projetos serão intervencionados 295 quilómetros de linhas de águas (rios e ribeiras), prevendo-se reduzir os riscos de inundações em 89 mil hectares”, “nas zonas de maior risco de cheias e inundações”, avança o comunicado do Ministério do Ambiente a dar conta da cerimónia de assinatura que decorrerá no Centro de Alto Rendimento da Golegã.

A Golegã é outro dos municípios que vai ter obras de reabilitação de vários diques: Dique da Labruja, Dique de S. João, Dique D’El Rei, Dique da Malã e Dique dos Vinte, um projeto de 1,62 milhões de euros, comparticipado quase na íntegra pelo Fundo de Coesão (1,23 milhões de euros).

O principal investidor (e beneficiário) destes projetos é a Agência Portuguesa do Ambiente, responsável por seis projetos num total de 21,29 milhões de euros, que contam com um apoio de 16,37 milhões de euros.

Estes 26 projetos foram aprovados no âmbito de três avisos lançados pelo POSEUR para a desobstrução, regularização fluvial e controlo de cheias.

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