Estes foram os maiores crashes da bolsa de Wall Street: da Black Monday ao 11 de setembro

Nervos, medo, tensão. Wall Street voltou aos dias negros esta semana, com o Dow Jones a protagonizar um mini-crash. Mas a história da bolsa americana mostra que foi "apenas" uma ligeira correção.

Tensão, nervosismo, medo e pânico. Wall Street voltou a reviver esta segunda-feira horas de grande turbulência. O índice industrial Dow Jones registou um mini-crash ao cair mais de 6%, numa sessão de intensa pressão vendedora em todos os mercados bolsistas mundiais. Os analistas dizem que se trata de uma correção após um rally que durou meses. E até a história ajuda a relativizar este “pequeno” percalço. No passado, o mesmo Dow Jones já registou quedas de 20%.

Sim, o Dow Jones já caiu mais de 20% numa só sessão. Mais precisamente no dia 19 de outubro de 1987. Os investidores chamam-lhe a Black Monday. Também nesse dia, o sell-off começou nas bolsas asiáticas e prolongou-se para os mercados europeus e americanos e voltou a atingir a Ásia na terça-feira seguinte — a Black Tuesday.

Não houve propriamente uma causa plausível para este desfecho que haveria de levar os índices em todo o mundo a quebrar durante todo o mês. Mas os analistas consideraram na altura que fatores como algum excesso nos preços dos ativos, negociação realizada por computadores e falta de liquidez no mercado acabaram por fazer implodir as bolsas.

Os dias mais negros em Wall Street

Fonte: Wikipédia

Até 1987, o dia mais negro nas bolsas que os investidores conheciam era outro: o grande crash de Wall Street de 1929. Foi uma das derrocadas da bolsa mais devastadoras para os EUA, tendo em conta que deu início à Grande Depressão americana — depois de muitos bancos, empresas e famílias terem ido à bancarrota.

No dia 28 de outubro de 1929, o Dow Jones perdeu quase 13%. No dia seguinte voltou a afundar: -11,73%. Estes dois dias figuram no top cinco do ranking de maiores crashes em Nova Iorque.

Ao longo do século XX, as bolsas norte-americanas haveriam de registar outras quebras que deixariam qualquer investidor com o coração nas mãos. Grande parte das maiores quedas do Dow Jones aconteceram mesmo no século passado. Mas o novo milénio também tem já história suficiente para figurar no ranking das sessões mais desastrosas.

Como no dia em que Wall Street voltou a abrir após o ataque terrorista às Torres Gémeas, em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2011. Quando as bolsas voltaram a abrir, no dia 17 de setembro, o Dow Jones caiu mais de 7%.

Anos depois, em 2008, os mercados voltaram a sucumbir ao medo, com o início da crise do subprime (crédito hipotecário de alto risco) que fez tombar o Lehman Brothers e provocou uma recessão a nível mundial. Maiores quedas desse ano: a 15 de outubro, o índice industrial tombou quase 8%; dias antes, a 9 de outubro, os mercados davam um primeiro sinal de tensão, com o Dow Jones a ceder 7,33%.

Maiores quedas do Dow Jones em pontos

Fonte: Wikipédia

Chegados aqui, a queda de ontem até que nem foi assim tão má. Ainda que, em termos de pontos, o Dow Jones tenha registado mesmo a maior queda da sua história. Foram mais de 1.000 pontos que desapareceram num ápice, numa só sessão. Mas isto acontece porque o índice industrial negoceia por estes dias acima dos 25 mil pontos.

Em 1987, por exemplo, quando caiu mais de 20%, o índice tinha perdido 500 pontos — mas na altura, transacionava apenas nos 2.300 pontos.

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