Caixa vai continuar a fechar balcões, mas garante emprego
O banco público vai também prosseguir com o plano de rescisões amigáveis e reformas antecipadas, oferecendo as mesmas condições que já ofereceu no ano passado.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai “prosseguir a sua política” de rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas e encerramento de balcões. A informação é avançada, em comunicado, pelo sindicato Febase, que adianta ainda que os trabalhadores dos balcões encerrados não serão despedidos, mas colocados noutras agências.
“A Febase reuniu-se com a administração da CGD no dia 19 de fevereiro, com o objetivo de debater as consequências para os trabalhadores da implementação do plano estratégico”, pode ler-se no comunicado, datado de 22 de fevereiro.
O anúncio de novas rescisões e fecho de balcões surge depois de, no ano passado, o banco público já ter acordado a saída de 547 profissionais, fechando o ano com 8.868 trabalhadores. Para além disso, encerrou 61 balcões. Contudo, o objetivo é chegar ao final deste ano com 7.750 trabalhadores e a 2020 com 6.650, pelo que, este ano, ainda terão de sair mais funcionários.
No início deste mês, na apresentação de resultados do exercício de 2017 (ano em que a Caixa reportou lucros de 51,9 milhões de euros), o presidente executivo, Paulo Macedo, disse que a administração ainda estava a estudar a necessidade de avançar com esse plano de rescisões. Agora, a Febase vem confirmar que, na reunião de 19 de fevereiro, foi informada que o plano é mesmo para avançar.
“Na reunião, que contou com a presença de Paulo Macedo, a Febase foi informada que a CGD está apostada em cumprir o plano estratégico. Assim, pretende prosseguir a sua política de rescisões por mútuo acordo (RMA) e reformas antecipadas, bem como de encerramento de balcões“, refere o sindicado.
“No entanto, assegurou que não haverá despedimentos: os trabalhadores dos balcões a fechar serão colocados noutros que estejam próximos ou na sua área de residência“, acrescenta.
Para os trabalhadores que aceitem sair, as condições serão as mesmas já oferecidas no ano passado: 2,1 meses por ano de trabalho para os trabalhadores inscritos na Caixa Geral de Aposentações (que não têm acesso a subsídio de desemprego) e 1,6 meses por ano de trabalho para os inscritos no regime geral da Segurança Social.
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