Portugal regressa ao mercado. Vai emitir dívida a 10 e 27 anos
O IGCP anunciou esta sexta-feira um leilão a dez anos e outro a 27 anos. Ao todo, a entidade liderada por Cristina Casalinho quer levantar 1,25 mil milhões de euros.
Portugal vai regressar aos mercados de dívida na próxima semana. Um dos leilões tem como maturidade 17 de outubro de 2028 e o outro 15 de fevereiro de 2045, ou seja, obrigações do Tesouro (OT) de muito longo prazo. O montante indicativo global é entre mil milhões de euros e 1.250 milhões de euros.
“O IGCP vai realizar no próximo dia 14 de março, pelas 10h30, dois leilões das OT com maturidade em 17 de outubro de 2028 e 15 de fevereiro de 2045, com um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros”, anunciou o IGCP. O Estado pretende ir aos mercados arrecadar 15 mil milhões de euros em OT durante 2018.
A última vez que Portugal foi aos mercados para emitir dívida como maturidade em 2045 aconteceu em julho de 2017. Nessa emissão, o IGCP levantou 315 milhões de euros, pagando uma taxa de 3,977%.
Já o leilão a 10 anos é mais recorrente. A entidade liderada por Cristina Casalinho arrecadou 760 milhões de euros a 14 de fevereiro deste ano a uma taxa de 2,08%, um leilão a 10 anos.
No mercado secundário, a linha a 10 anos está a ser transacionada com uma taxa implícita de 1,85% e a linha a 30 anos — que serve de referência por aproximação para aquilo que se espera que seja o preço a pagar na próxima semana — está nos 2,88%.
Neste momento, os investidores continuam a exigir juros baixos nestas emissões de dívida feitas por soberanos, mas tal deverá mudar em breve. Ainda esta quinta-feira o Banco Central Europeu deixou de falar da possibilidade de aumentar os estímulos à Zona Euro no seu discurso. Mario Draghi abriu a porta ao arranque do período de normalização da política monetária.
(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)
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