Presidente do Metropolitano de Lisboa defende linha circular
No Parlamento, Vítor Domingues dos Santos defendeu que a criação de uma linha circular no metro de Lisboa é a solução de expansão que melhor defende os utentes.
O presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa (ML) defendeu no parlamento que a solução de construção de uma linha de circular é a que melhor serve os interesses dos utilizadores daquele meio de transporte. Vítor Domingues dos Santos foi esta tarde ouvido na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas sobre o Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa, no mesmo dia em que foram ouvidos também autarcas e trabalhadores da empresa.
Durante a audição, o presidente do ML foi questionado pelos deputados sobre os motivos que levaram a empresa a optar por um plano de expansão apenas dentro da cidade de Lisboa, abandonando a intenção de alargar o metro a outros concelhos da área metropolitana.
Segundo argumentou, Vítor Domingues dos Santos, os estudos realizados apontam que a solução de construção de uma linha circular, nomeadamente após a ligação entre as estações do Rato e o Cais do Sodré, será a que “maior benefício” irá trazer para os utilizadores do metro. “A procura projetada aponta para um crescimento de 52% da procura, o que representa um acréscimo de cerca de 3,8 milhões de utilizadores”, apontou.
Relativamente aos custos, Vítor Domingues dos Santos referiu que a opção por uma linha circular aponta para um custo de cerca de 250 milhões de euros enquanto que a construção de linhas independentes (São Sebastião – Campo de Ourique) seria de 270 milhões. Sobre a decisão de não estar contemplado uma expansão a outros municípios da área metropolitana de Lisboa, nomeadamente ao concelho de Loures, o presidente do ML sublinhou que o metropolitano “não pode ser uma espécie de intercidades” e que para esses locais deverá ser encontrada uma solução junto de outros operadores de transporte.
“Cada quilómetro de rede de metropolitano tem um custo de 60 a 70 milhões de euros. O custo de manutenção é cara e o metropolitano não pode ser uma espécie de intercidades. Tem de estar sempre a circular”, argumentou.
Em jeito de conclusão, Vítor Domingues dos Santos ressalvou que a construção da linha circular “é apenas um ponto de partida” e que o objetivo passa por vir a construir no futuro “várias radiais”. “Isto não é o ponto final. A construção da linha circular é o primeiro passo para a construção futura da rede de metropolitano. Será possível distribuir a população por todos os seus pontos de trabalho”, sublinhou, ressalvando que a decisão final será sempre do Governo.
O Governo anunciou em maio do ano passado que o Metropolitano de Lisboa irá ter mais duas estações até 2022 – Estrela e Santos-, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está prevista uma ligação da estação do Rato (atual Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde), com duas novas estações na Estrela e em Santos. Contudo, o atual traçado da Linha Amarela, que liga as estações de Odivelas ao Rato, irá, segundo o novo plano, sofrer alterações de percurso e passará a integrar também a estação de Telheiras (Linha Verde).
Assim, segundo o novo plano, a Linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.
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