Juros a dez anos em mínimos de dois meses em semana de leilão de dívida

A S&P manteve o rating de Portugal na semana passada, mas deu conta de "sinais de crescimento robusto para o futuro", uma nota que está a aliviar os juros da dívida em semana de leilão.

Os juros da dívida a dez anos mantêm a tendência de queda que iniciaram depois de a agência Standard & Poor’s ter mantido o rating e a perspetiva de evolução da notação financeira de Portugal, no final da semana passada. Em semana de leilão de dívida de curto prazo, os juros da dívida portuguesa estão a recuar em todos os prazos.

A yield implícita nas Obrigações a dez anos, a referência no mercado, está a cair quase dois pontos base, para os 1,709%, renovando mínimos de janeiro deste ano, altura em que a dívida a dez anos negociava abaixo dos 1,7%. Também os juros associados às obrigações a cinco anos descem para os 0,708%, enquanto os juros a dois negoceiam em terreno negativo, nos -0,127%.

Juros a dez anos recuam para mínimos de janeiro

Este movimento acontece ainda na sequência da última avaliação feita pela S&P. A agência de notação financeira manteve o rating da dívida portuguesa em BBB- e a perspetiva estável, mas deixou uma nota positiva acerca do desempenho do país nos últimos tempos: a economia dá sinais de crescimento robusto para o futuro, num período em que manterá uma consolidação orçamental e redução da dívida pública favorável.

Ao mesmo tempo, explicou que poderia “subir o rating de Portugal caso se observasse um progresso mais rápido na desalavancagem externa e na redução da dívida pública do que preveem atualmente”. A agência prevê uma dívida de 122,3% do PIB, em 2018, e de 119,8% no ano seguinte. Só em 2021 a dívida portuguesa deverá atingir os 114,3% do PIB.

E há mais fatores que poderiam levar a uma subida da notação: “poderíamos considerar aumentar os nossos ratings para refletir melhorias potenciais na estabilidade financeira”, diz o mesmo comunicado.

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