Solvay corta 90 empregos em Portugal

Grupo belga vai cortar 90 trabalhos em Portugal. Solvay quer concentrar operações em Lyon e em Bruxelas, pelo que está a planear eliminar, no total, 600 empregos em todo o mundo.

A empresa belga Solvay está a planear eliminar 90 postos de trabalho em Portugal, avança a Reuters. A química quer concentrar as suas operações em Bruxelas e em Lyon, pelo que, no total, deverá cortar 600 empregos em todo o mundo. Em França serão cortados 160 trabalhos e no Brasil desaparecerão 80 empregos.

“A reorganização da empresa deve resultar numa redução de 600 funcionários, principalmente em funções de suporte, incluindo 160 em França, 90 em Portugal e 80 no Brasil”, indicou o grupo, esta quinta-feira, em comunicado citado pela Lusa.

Atualmente, a Solvay tem 24.500 colaboradores em 61 países. Em Portugal, segundo o seu site, a companhia dá trabalho a 400 empregados em dois centros, prevendo-se a redução de cerca de um quarto do número de funcionários.

A empresa, que por cá opera em Vila Franca de Xira e em Oeiras, pretende que a eliminação da maioria desses postos de trabalho ocorra através da passagem dos trabalhadores à reforma e do estabelecimento de acordos amigáveis com aqueles que não estiverem nessas condições.

De acordo com a empresa belga, esta decisão segue a estratégia de simplificação da estrutura da companhia, que já levara à venda de várias das suas unidades de negócios, nos últimos anos.

Em Portugal há 80 anos, a Solvay desenvolve “soluções de alto valor acrescentado, inovadoras, sustentáveis e competitivas, concebidas à medida das necessidades dos seus clientes finais”, descreve o site da empresa. A química serve as indústrias aeronáutica, automóvel, agroalimentar e eletrónica, bem como a da construção, a dos bens de consumo e saúde, a da energia, a do ambiente e a das aplicações industriais.

No último ano, a Solvay registou receitas de 10,1 mil milhões de euros. O único grupo belga que pertence ao CAC 40 (o índice das 40 maiores capitalizações do mercado de ações em Paris) quer agora fazer do seu maior centro de pesquisa, sediado em Lyon, um “um centro avançado de química de classe mundial”.

Quanto à sede do grupo, em Bruxelas, está prevista a expansão das suas “capacidades de pesquisa e inovação em ciência avançada de materiais”.

Impacto será reduzido

A Solvay esclareceu, esta quinta-feira, que a saída de 90 trabalhadores em Portugal até junho “será unicamente nos serviços partilhados” e que o impacto será reduzido devido às transferências internas e rescisões de comum acordo.

“Até 2020, a Solvay Business Services Portugal procederá a uma reorganização das suas operações, aguardando-se que a rotação habitual de efetivos, as rescisões de comum acordo e as transferências internas reduzam significativamente o impacto do plano de reorganização hoje anunciado”, destaca o grupo em comunicado.

A Solvay adianta ainda que vai “simplificar drasticamente a sua organização e os seus processos, assim como os seus recursos, de modo a centrar as suas equipas nos clientes e nas suas necessidades”.

 

 

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