Investidor chinês indicado ao Montepio pelo Governo

  • ECO
  • 6 Abril 2018

A empresa chinesa que comprou 60% da Montepio Seguros chegou à Associação Mutualista pelo gabinete do primeiro-ministro, que encaminhou uma proposta, garantiu Tomás Correia.

Foi o Governo que encaminhou para o Montepio a proposta do investidor chinês que compraria, no ano passado, 60% da Montepio Seguros, segundo revela esta sexta-feira o Público com base na ata dessa reunião, onde António Tomás Correia o garante.

O presidente da Associação Mutualista explicou, nessa reunião de 19 de setembro com o Conselho Geral, que o gabinete do primeiro-ministro fez chegar à associação “uma proposta” de “encetar conversações” para uma parceria “nas áreas dos seguros e da banca”. A proposta era do grupo chinês CEFC-China Energy Company Limited, que comprou 60% da Montepio Seguros, e chegou depois da visita de António Costa à China no final de 2016.

O Público escreve que Tomás Correia afirmou que a seguradora Lusitânia ia continuar a funcionar como habitualmente sem qualquer acordo de cooperação que visasse a utilização de um canal bancário”, aconselhando que se considere a hipótese de negócio com os chineses. A empresa CEFC quereria “instalar um centro financeiro na Europa, sedeado em Portugal, entrando a CEFC com capital na Lusitânia”.

Fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro referiu que este “recebeu no ano passado uma delegação do grupo CEFC que transmitiu o interesse empresarial de investir em Portugal”, mas que “não foi abordado o tema Montepio Geral”.

Entretanto, já esta manhã, o gabinete do Primeiro-ministro enviou uma mensagem às redações na qual desmente a notícia avançada pelo jornal. “Desmente-se formal e cabalmente a manchete de hoje do diário Público, conforme esclarecimento já ontem prestado ao respetivo jornal”, pode ler-se.

Notícia atualizada às 11h06 com reação do gabinete de António Costa.

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