Deputados ganham muito? Ascenso Simões, do PS, publica recibo de vencimento no Facebook
Perante a polémica em torno de todas as ajudas que os deputados recebem, nomeadamente para pagar as viagens que realizam, Ascenso Simões publicou no Facebook os recibos de vencimento.
O deputado do PS Ascenso Simões publicou, esta segunda-feira, no Facebook os seus recibos de vencimento, relativos a abril de 2018, enquanto deputado na Assembleia da República.
No “post”, Ascenso Simões apresenta dois recibos diferentes: um relativo ao seu vencimento e outro relativo a despesas de transporte.
O deputado do PS, eleito por Vila Real, diz-se, ainda, “disponível para explicar cada uma das parcelas“, acrescentando que quando aceitou “a função já sabia quais eram as regras”.
Ascenso Simões disse ao Observador que o fez porque considera que existe “uma deriva de ataque aos deputados e às suas realidades próprias“: “dadas as circunstâncias do momento que vivemos, eu devo essa explicação aos eleitores do meu distrito [Vila Real]“.
A publicação surge depois de o Jornal de Notícias (acesso pago) avançar, esta segunda-feira que os deputados da Assembleia da Republica recebem apoios e subsídios por parte do Estado que praticamente duplicam o salário base. Os deputados ganham um ordenado bruto de 3.600 euros e recebem cerca de 2.200 euros de subsídios. Só este ano, a Assembleia da República já gastou 1.206.140,86 euros em despesas com deslocações de deputados, ou para casa ou em trabalho político no seu círculo eleitoral. Em 2017, este montante tinha totalizado os 3.221.092,76 euros.
Uma polémica que se soma à dos deputados das ilhas que optam por somar subsídios que lhes permitem lucrar com as viagens que fazem a casa. O Expresso noticiou que pelo menos sete deputados, eleitos pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, recebem uma dupla ajuda para pagar as suas viagens ao continente, uma denúncia que levou à demissão do deputado do Bloco de Esquerda, eleito pelo círculo da Madeira, Paulino Ascenção.
Até ao momento, foram já várias as personalidades a reagir a este tema: o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, defende que deputados das ilhas “não infringiram nenhuma lei” com os apoios às viagens; o grupo parlamentar do PS partilha da mesma ideia e diz que os deputados estão a cumprir “escrupulosamente” a lei, sendo que o líder, Carlos César é um dos visados.
Também o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, disse este domingo não aceitar o que diz ser uma “grotesca tentativa de linchamento político e ético” de Carlos César por causa da polémica das viagens.
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