Petróleo em queda pelo quarto dia
Aumento do stock de petróleo na indústria americana sinaliza menor consumo energético e prolonga queda do preço do ouro negro para mínimos de mais de um mês.
O petróleo mantém-se em queda pela quarta sessão consecutiva. Depois de a OPEP não ter chegado a um acordo quanto à limitação de quotas de produção, notícia que fez tombar os mercados da matéria-prima, agora são os sinais de menor consumo da parte da indústria norte-americana a pressionar os preços do barril de petróleo nos mercados internacionais.
O contrato genérico de ‘Brent‘, referência para as importações nacionais, cedia 0,44% até 47,95 dólares por barril. Também o crude, negociado em Nova Iorque, perdia 0,64% até 46,37 dólares por barril. Em ambos os casos, trata-se do quarto dia de desvalorização com as cotações a renovarem mínimos de mais de um mês.
Apesar do falhanço no acordo no seio do cartel petrolífero, há alguma divergência no que toca à futura evolução os preços do ‘ouro negro’. O Goldman Sachs não acredita que os países membros da OPEP consigam alcançar um entendimento em torno do corte de produção e, por isso, antecipa a queda do barril para os 40 dólares. Opinião contrária têm o Bank of America Merrill Lynch e os altos responsáveis da própria organização, que mantêm confiança num acordo.
Brent desvaloriza no último mês
“O que estamos a assistir é a uma retirada do otimismo em torno de uma acordo na OPEP”, referiu Michael McCarthy, economista-chefe da CMC Markets. “Há uma fraqueza subjacente no mercado petrolífero. Para o crude, um preço entre 45 dólares e 48 dólares parece-me um valor neutro”, acrescentou.
"O que estamos a assistir é a uma retirada do otimismo em torno de uma acordo na OPEP. Há uma fraqueza subjacente no mercado petrolífero. Para o crude, um preço entre 45 dólares e 48 dólares parece-me um valor neutro.”
Nos EUA, foi revelado que os stocks de petróleo em Cushing, Oklahoma, o maior centro de armazenamento de petróleo norte-americano, aumentaram em 1,03 milhões de barris na semana passada, de acordo com a API. Ao nível de todo o território norte-americano, as reservas terão aumentado em dois milhões de barris, segundo uma sondagem da Bloomberg, antecipando menor consumo energético da parte das famílias e empresas.
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