Fábrica da antiga Triumph sem comprador
As instalações e os equipamentos da antiga fábrica Triumph, que foram esta quinta-feira a leilão, não obtiveram comprador, uma vez que as licitações ficaram abaixo do esperado.
As instalações e os equipamentos da antiga fábrica de roupa interior da Triumph, que foram a leilão esta quinta-feira, não obtiveram comprador, uma vez que as licitações ficaram abaixo do esperado.
A base de licitação do imóvel e do recheio era de 5,7 milhões de euros, mas durante o leilão, que se realizou esta tarde nas instalações da antiga fábrica, situada na cidade de Sacavém, concelho de Loures, apareceu apenas uma proposta de 1,5 milhões de euros, que foi recusada. Deste leilão foi possível apenas vender algumas viaturas da empresa, que foram arrematadas por 58 mil euros.
Segundo explicou à agência Lusa fonte da LC Premium, a leiloeira responsável por estas vendas, irá agora aguardar-se um prazo de 30 dias até ser marcado novo leilão para conseguir vender o imóvel e o recheio, por um valor mais aproximado ao pretendido.
Por outro lado, Mónica Antunes, do sindicato dos têxteis do Sul e antiga trabalhadora da Triumph, manifestou-se surpreendida com o facto de não ter aparecido nenhum licitador interessado nas instalações e na maquinaria. “Estava confiante de que aparecia alguém. Considero que o valor base de licitação era muito acessível e quase dado. Apareceu uma proposta de 1,5 milhões, mas foi um insulto aos trabalhadores. É brincar com todo o trabalho que aqui foi feito“, sublinhou.
Apesar de não perder a esperança de que apareça alguém, a sindicalista duvida de que esteja disposto a pagar pelo “preço justo”. “Esperemos que sim. Não podemos perder a confiança. Era bom que houvesse um investidor e voltasse a dar vida a esta fábrica“, atestou.
A empresa alemã Triumph possuía uma fábrica em Sacavém, concelho de Loures, que foi adquirida em setembro de 2016 pela empresa Têxtil Gramax Internacional (TGI), uma sociedade portuguesa de capital suíço. Contudo, em 24 de janeiro deste ano, a fábrica de Loures, que produzia roupa interior, foi encerrada e a TGI decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores, maioritariamente mulheres.
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