Ações do Sporting agravam perdas. Tombaram 17% após onda de demissões
A crise no Sporting chegou aos mercados. Os títulos recuaram mais de 17%, penalizados pelos receios em torno das eventuais perdas para SAD após o ataque aos jogadores em Alcochete.
A crise no Sporting chegou aos mercados. Os títulos recuaram mais de 17%, penalizados pelos receios em torno dos eventuais prejuízos que o episódio de violência com os jogadores do clube em Alcochete possa ter na SAD.
Os títulos da SAD do Sporting caíram 17,11% para 63 cêntimos, registo que foi ditado na segunda das duas vezes em que os títulos são transacionados — a negociação das ações da SAD é feita por chamada, não em contínuo. Nas duas últimas sessões, as ações ficaram inalteradas depois de nas duas anteriores terem registado perdas de 2,5% e 5%.
Foi na terça-feira que cerca de 50 adeptos do Sporting, com a cara tapada, invadiram a Academia de Alcochete, enquanto decorria o treino da equipa principal, e agrediram jogadores e equipa técnica, a dias da final da Taça de Portugal de futebol.
Ações do Sporting com dia negro
Num comunicado, a SAD lamentou o ataque, afirmando que “configura a prática de crime e que em nada honra e enobrece” o nome do clube. Já o presidente do clube, apesar de sublinhar a necessidade de travar a violência no desporto, afirmou que o episódio “foi chato”. Mas “o crime faz parte do dia-a-dia”.
Desde então têm-se sucedido os pedidos de demissão do presidente do Sporting, nomeadamente por parte de Daniel Sampaio e Rogério Alves, mas também de José Maria Ricciardi. O antigo membro do conselho leonino disse estar “envergonhado, indignado e preocupado” com o episódio de violência, salientando as repercussões económicas que pode ter no clube — calcula que a crise no Sporting possa ter um impacto de 100 milhões de euros.
Entretanto, a Mesa da Assembleia-Geral do Sporting demitiu-se em bloco, confirmou à Lusa o seu presidente, Jaime Marta Soares. Seguiram-se também as demissões dos cinco membros do Conselho Fiscal.
Ainda antes de pedirem demissão, os membros da Mesa da Assembleia Geral do clube votaram e aprovaram ainda a moção de uma processo disciplinar contra o presidente Bruno de Carvalho, tendo como objetivo forçar a sua demissão.
(Notícia atualizada às 16h45 com mais informação)
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