Fujifilm atenta a aquisições, Portugal está no radar
A empresa nipónica tem três mil milhões de euro para investir em aquisições de empresas e Portugal faz parte do rol de países que o grupo tem debaixo de olho. A área da saúde é uma das visadas.
A Fujifilm, empresa nipónica que está a celebrar os 50 anos na Europa, tem três mil milhões de euros para investir em aquisições de empresas e Portugal está no radar sobretudo ao nível da área médica.
António Alcalá, diretor-geral para os mercados ibéricos adiantou durante uma conferência de imprensa que se realizou hoje no Porto que “os três mil milhões de euros que o grupo tem para investir, nos próximos dois ou três anos, são a nível mundial, mas Portugal também está aqui referenciado”. A ideia diz, António Alcalá é “buscar novos segmentos e novos setores com especial destaque na área da medicina regenerativa e fármacos”.
"Os três mil milhões de euros que o grupo tem para investir, nos próximos dois ou três anos, são a nível mundial. Mas Portugal também está aqui referenciado.”
A empresa que está em Portugal desde 2009 — antes disso tinha apenas um distribuidor comercial — tem atualmente no país uma estrutura de 42 pessoas. Neste momento, a empresa opera em Portugal com todas as áreas de negócio do grupo: photo imaging, electronic imaging, medical, grafics, optical devices, recording media e produtos industriais.
A Fujifilm Portugal tem ainda sob a sua alçada uma empresa autónoma — a CWM — cuja atividade se centra na imagem médica, sobretudo ao nível dos processos informáticos nos hospitais. A CWM está presente em mais mais 20 países e em 100 hospitais.
Os números da estrutura em Portugal não são conhecidos, mas a Ibéria (onde se inclui também o mercado espanhol) pesa cerca de 6% nas contas da Fujifilm Europa, cujo volume de faturação é de 2,140 mil milhões de euros.
A Fujifilm que começou por se dedicar quase em exclusivo às películas fotográficas — em 2000, esta área pesava 54% do total das vendas da empresa — tem vindo a diversificar a atividade para áreas tão distintas como medicina, energia e meio ambiente. Hoje a área das películas fotográficas pesa menos de 1% no total da faturação do grupo.
“O consumo da película fotográfica começou a cair de forma dramática e a empresa viu-se forçada a reinventar-se, iniciando movimentos de diversificação bastante sérios“, refere o diretor-geral para os mercados ibéricos.
A empresa encerrou o último exercício fiscal, cessado a 31 de março, com um volume de negócios de 22 mil milhões de euros e lucros de 1,7 mil milhões de euros. Já para este ano a empresa prevê um volume de negócios na ordem dos 23 mil milhões de euros e lucros de 1,9 mil milhões de euros. A Fujifilm destina 7% da receita total à investigação e desenvolvimento (I&D), o que se traduz num investimento anual de cerca de 1,5 mil milhões de euros no desenvolvimento de novos produtos.
A Fujifilm que está a comemorar o 50º aniversário na Europa tem vindo a organizar um conjunto de apresentações repartidas por 12 cidades, entre Portugal e Espanha sob a designação de “Innovation Capsules”. A iniciativa pretende dar a conhecer alguns dos progressos registados na áreas onde a Fujifilm é líder em inovação tecnológica, como sejam a medicina, energia, meio ambiente e indústria.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Fujifilm atenta a aquisições, Portugal está no radar
{{ noCommentsLabel }}