Chefe da missão do FMI para Portugal defende poupanças nos salários da Função Pública
Alfredo Cuevas ocupa o cargo de chefe da missão do FMI para Portugal desde 2007. Diz-se "impressionado" com os resultados conseguidos por Centeno, mas sugere poupanças na Função Pública.
Alfredo Cuevas elogia a consolidação das contas portuguesas, mas não deixa de notar algumas fragilidades na economia nacional. O chefe da missão do FMI para Portugal diz-se impressionado com os resultados orçamenteis conseguidos e adianta que os considera sustentáveis. Ainda assim, defende que, a curto prazo, seria mais prudente reforçar a poupança, nomeadamente no que diz respeito aos custos com pessoal da Função Pública.
“Ficámos muito impressionados com os resultados. Foram melhores do que nós, e todos os observadores, esperávamos”, sublinha o responsável em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago). Alfredo Cuevas garante que esses resultados são sustentáveis, tendo em conta que a economia continuou a crescer com a consolidação das contas públicas, e acrescenta ser “muito difícil imaginar um choque suficientemente grande” para mudar esse cenário.
Apesar disso, o chefe da missão do FMI para Portugal sugere que “onde se pode procurar poupanças é nos custos com salários” e aconselha um cálculo cuidadoso da procura e oferta dos serviços públicos. “Quanto ao do peso dos salários no PIB, seria importante que diminuísse”, determina.
Há que pensar onde é que os funcionários públicos são melhor aproveitados. É preciso flexibilidade porque os objectivos mudam. Quanto ao do peso dos salários no PIB, seria importante que diminuísse.
O responsável explica que é preciso pensar nos gastos salariais “como um conjunto dentro do orçamento”, que acaba por usar “recursos que podem servir outros propósitos”. “Gostaríamos de encorajar a manutenção de um nível de investimento público, de ver um pouco mais de antecipação do esforço orçamental”, nota.
Sobre o Programa de Estabilidade, Cuevas reforça que, mesmo com a aproximação das eleições, não se optou por uma “expansão significativa da política orçamental”. Deste modo, o objetivo presente no PEC é “continuar a melhorar o saldo orçamental”, enfatiza.
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