O Facebook já era? Pelo menos para os adolescentes
Apenas 10% dos jovem americanos elege o Facebook como a rede social mais utilizada, revela um estudo do Pew Research Center. As preferência recaem agora no Youtube, Instagram e Snapchat.
Depois do escândalo da Cambridge Analytica, veio a acusação de que o Facebook terá partilhado deliberadamente informações pessoais dos utilizadores com 60 empresas. Agora está a braços com a perda de utilizadores mais jovens.
O Facebook está a perder utilizadores adolescentes, entre os 13 e os 17 anos, segundo o mais recente estudo do Pew Research Center. Este grupo de jovens está agora a aderir em massa a outras plataformas online, como o Youtube, o Instagram e o Snapchat.
Entre os adolescentes americanos inquiridos, 51% diz que ainda utiliza o Facebook, uma descida de vinte pontos percentuais quando comparado com o inquérito anterior, realizado em 2015. Mas quando questionados sobre qual a rede social que mais usam, os números são mais preocupantes para Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, já que apenas 10% elege o Facebook como a rede mais utilizada.
Apesar de a diferença ser pequena, quanto ao género, são os rapazes que lideram as saídas do Facebook. Quanto à faixa etária, os adolescentes entre os 13 e os 14 anos também fazem login menos vezes do que os jovens entre 15 e 17 anos. O estudo revela ainda que o nível de educação dos pais pode ter alguma influência: os jovens que têm pais com licenciaturas são os que mais abandonam a rede social, por oposição aos jovens com pais menos instruídos.
Sair do Facebook não significa que estes jovens deixam de estar conectados. De facto, a maior rede social do mundo está a ficar para trás na corrida. Plataformas como o YouTube vão ganham as preferências dos mais jovens: 85% dos jovens inquiridos preferem esta plataforma de vídeos. Já o Instagram e o Snapchat recebem, respetivamente, 72% e 69% das preferências dos jovens. No inquérito passado, o Instagram — detido pelo Facebook desde 2012 — era apenas utilizado por 52% dos adolescentes e o Snapchat por 41%. O YouTube, o mais popular entre os adolescentes, não foi incluído no estudo anterior.
Pior que o Facebook está o Twitter, com 32% de adolescentes norte-americanos a utilizá-lo, e o Tumblr, com 14%.
A mudança demográfica junta-se assim ao escândalo da Cambridge Analytica, a empresa que recolheu informações pessoais dos utilizadores da rede social para o uso em campanhas políticas, e que entretanto já declarou falência nos Estados Unidos. Esta segunda-feira foi revelado mais um capítulo desta novela. O The New York Times avançou que a empresa liderada por Mark Zuckerberg terá partilhado as informações de utilizadores com 60 empresas, fabricantes de telemóveis, com as quais estabeleceu acordos.
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