Artesanato vai ter rede de incubadoras em concelhos do Norte
Rede de incubadoras que pretende capacitar 100 artesãos certificados para negócios com mais valor acrescentado
Sete municípios da Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM) lançaram uma rede de incubadoras que pretende capacitar 100 artesãos certificados para negócios com mais valor acrescentado, revelou esta sexta-feira a promotora dessa “Rota Criativa”.
Em causa estão as autarquias de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Espinho, Valongo, Gondomar e Vila Nova de Gaia, que para a formalmente designada Rede de Ofícios Tradicionais e Arte Criativa das Terras de Santa Maria partilham um investimento de 700.000 euros, financiado em 85% pelo programa Norte2020.
“Cada município terá pelo menos um centro de incubação para artesãos e o objetivo é, em primeira instância, preservar os ofícios tradicionais de cada concelho, dando a cada criador a oportunidade de criar novo artesanato com base na identidade própria de cada território”, explica à Lusa a coordenadora da ADRITEM, Teresa Pouzada.
A outra intenção do projeto é “capacitar os artesãos envolvidos para a criação de negócios com mais valor acrescentado e isso implicará dar-lhes formação em áreas como gestão e marketing”, no que a ADRITEM contará com a parceria do Instituto Superior do Entre Douro e Vouga (ISVOUGA) e do Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR).
‘Designers’ recrutados especificamente para o projeto, membros da Associação de Artesãos das Terras de Santa Maria e elementos da associação Portugal à Mão também serão envolvidos na dinamização do programa.
Quantos aos artesãos cujas competências se querem ver alargadas, são cerca de 100 e todos têm certificação oficial. “Mas estamos abertos à adesão de novos elementos e terão prioridade os já certificados, o que não invalida a aceitação de interessados que se predisponham a, no prazo de um ano, obter a Carta de Artesão e dar início ao seu negócio”, realça Teresa Pouzada.
Entretanto, a ADRITEM está a proceder à seleção dos locais que, em cada município, funcionarão como centros de incubação da Rota Criativa e tem a decorrer também o diagnóstico das especificidades artesanais do território, sempre com base “na herança própria de cada lugar”.
Entre as peças a promover é já certo que se incluirá a ourivesaria de Gondomar, os brinquedos e ardósias de Valongo, e o vidro e barro negro de Oliveira de Azeméis, mas na rede haverá também artesanato de “valor transversal aos sete concelhos envolvidos, como é o caso da tecelagem, do papel e da cestaria”.
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