Fogo em Monchique obriga a retirar população de Portela do Vento
O incêndio, ativo desde sexta-feira, obrigou as autoridades a retirar pessoas de uma zona próxima da Portela do Vento esta tarde, por “precaução”, disse fonte da Proteção Civil.
O incêndio que está ativo desde sexta-feira em Monchique obrigou as autoridades a retirar este domingo à tarde pessoas de uma zona próxima da Portela do Vento, por “precaução”, disse fonte da Proteção Civil.
A GNR, em cooperação com a Cruz Vermelha e Ação social municipal, iniciou a retirada de um número ainda por determinar de pessoas, que poderiam ficar ameaçadas pela progressão das chamas, precisou a mesma fonte.
Os bombeiros estão a ter o trabalho dificultado pelo relevo acidentado do terreno, com encostas íngremes e vales profundos, pelas elevadas temperaturas e pela baixa humidade.
A zona de Portela do Vento foi onde esteve instalado o posto de comando móvel da Proteção Civil até sábado à tarde, altura em que as autoridades decidiram mudaram a sua localização para junto do centro de meios aéreos de Monchique, próximo do quartel dos Bombeiros Voluntários de Monchique, para precaver a eventualidade do fogo chegar a essa zona.
O incêndio que deflagrou há 48 horas em Monchique conta com duas frentes preocupantes, uma delas em direção à vila algarvia e sem acesso para meios de combate, disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Faro, Vítor Vaz Pinto, no ponto de situação que as autoridades fizeram ao final da manhã.
No Twitter, Christos Stylianides, comissário europeu para a ajuda humanitária e gestão de crise, dá conta de que Bruxelas está atenta ao que se passa em Portugal.
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“Há uma frente virada a sul, em direção à vila de Monchique, que está sem acessos a meios de combate, quer aéreos, quer terrestres, e outra frente, mais a este, que acompanha a EN266 e que, na sua vertente mais a norte, pode evoluir no sentido de Nave Redonda”, disse Vaz Pinto.
As forças de combate ao “complexo” incêndio, que já obrigou à deslocação de mais de 100 pessoas em 15 lugares dos concelhos de Monchique e Odemira, vão ser reforçadas ao início da noite com mais 16 máquinas de rasto, anunciou o comandante.
De acordo com o comandante operacional, o incêndio encontra-se ativo com duas frentes, sendo que 30% do perímetro se encontra “dominado e em ações de consolidação, extinção e vigilância ativa” e os restantes 70% representam as principais “preocupações”.
Quanto à frente que se desloca no sentido da vila de Monchique, o combate aéreo é dificultado pelas temperaturas elevadas pelo fumo e o combate no terreno pela inexistência de acessos, apesar do trabalho das máquinas de rasto.
“Eu nunca vos escondi que este incêndio é um incêndio de elevada perigosidade e que todas as ações têm de ser muito bem pensadas. Existe, de facto, esse risco que está a referir, como existem outros”, sustentou o comandante operacional, após ser questionado sobre o risco de o fogo se aproximar da vila.
Em relação às pessoas deslocadas de forma preventiva, e sem contar com o número indeterminado de pessoas retiradas durante a tarde de Portela do Vento, a Proteção Civil tinha registado 110 pessoas (79 em 10 sítios e lugares no concelho de Monchique (Taipa, Foz Carvalhoso, Ladeira de Cima, Pedra da Negra, Foz do Lavajo, Corjas, Foz do Farelo, Ribeira Grande e Portela da Viúva) e 31 em cinco sítios no concelho de Odemira (Varja do Carvalho, Moitinhas, Barreirinhas, Vale das Hastes e Craveiras), .
Por outro lado, foram assistidos até agora 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou o comandante operacional.
Às 16:30, o dispositivo no terreno era composto por 796 operacionais, 221 veículos e 12 meios aéreos, segundo a página da Proteção Civil na Internet.
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