Pedrógão: Como é que barracões passam a primeira habitação?

  • ECO
  • 11 Setembro 2018

A reunião da assembleia municipal desta segunda-feira não apaziguou os ânimos em Pedrógão. Em causa está a reconstrução de imóveis devolutos com ajudas destinadas a habitações permanentes.

Continua a polémica à volta da reconstrução das casas de Pedrógão Grande. Presidente da Câmara e vereadores esgrimem argumentos. Enquanto o autarca, Valdemar Alves, nega a existência de irregularidades, vereadores reiteram as denúncias de imóveis devolutos reconstruídos com donativos para habitações permanentes.

Na reunião da assembleia municipal, que teve lugar esta segunda-feira, e que durou mais de quatro horas, as dúvidas não ficaram esclarecidas. Segundo a TSF, José Henriques, deputado municipal, eleito pelo PSD e presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia, afirmou: “Tenho na minha freguesia cinco famílias de casas de primeira habituação que ainda não estão a viver nelas. E conheço casas devolutas que já estão construídas. Isto é de lamentar”. Também o público levantava questões: “Como é que barracões passam a primeira habitação?”

Valdemar Alves refuta as acusações, afirmando: “Não há. As coisas que se fizeram são habitações de primeira. E foram habitações que arderam”. Ainda assim o autarca admite não ter confirmado a documentação: “Não consultei processos nenhuns, são aqueles que assinei e foram para o Revita”.

“Confio nos funcionários e confio também nas pessoas que assinaram as suas declarações de honra”.

Já a presidente da Associação de Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande, Nadia Piazza, citada pela Renascença, diz: “Não confio na Câmara Municipal. Temos assistido a práticas incompetentes. Ou não cumpriram a lei ou não sabem gerir a casa”.

Nádia Piazza defende que a associação que dirige tenha acesso aos nomes e quantias dos destinatários das verbas para a reconstrução de casas de primeira habitação.

O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e também pela comissão técnica do Fundo Revita.

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