Infarmed: “Poder político sucumbiu à máquina do Estado”
Rui Moreira revelou que nunca foi contactado pelo Governo para discutir a deslocalização do Infarmed, e que teve conhecimento da suspensão através da comunicação social.
Depois de o ministro da Saúde anunciar a suspensão da ida do Infarmed para o Porto, Rui Moreira afirmou que “o poder sucumbiu à máquina do Estado”, acrescentando que o Infarmed “vai continuar forever and ever em Lisboa”. O autarca disse ainda que o Governo nunca contactou a câmara do Porto para discutir o assunto e que teve conhecimento da suspensão da deslocalização através da comunicação social.
“É um processo em que o poder político sucumbiu àquilo que é a máquina do Estado e à máquina instalada”, disse Rui Moreira, esta segunda-feira, citado pelo Público. Afirmando que nunca foi contactado pelo Governo para discutir esta hipótese, o autarca disse ainda que a autarquia foi “confrontada através da comunicação social com o que vai contra uma deliberação do Conselho de Ministros“.
Rui Moreira esclareceu que nem a cidade do Porto nem a câmara pediram ao Governo o que quer que fosse sobre esta deslocalização, revelando apenas que foi confrontado uma manhã com um telefonema do primeiro-ministro e, posteriormente, do ministro da Saúde, que lhe comunicaram que, em função de uma avaliação política que tinham feito, era decisão o Governo transferir a sede e os serviços principais do Infarmed para o Porto, de forma que pudessem estar instalados em janeiro de 2019.
Relatando de forma detalhada toda a ajuda logística que o Governo solicitou à cidade, adiantou que a autarquia fez aquilo que lhe foi solicitado e que a decisão de mudar a sede do Infarmed foi tomada de uma forma unânime por uma comissão nomeada para o efeito. “Pelos vistos agora alguma coisa mudou e nós fomos confrontados pelas declarações do senhor ministro no Parlamento que vão contra aquilo que era uma deliberação o Conselho do Ministros“, disse.
“As explicações estão dadas. O ministro aquilo que disse é que houve uma alteração da política e que vai atirar para uma comissão que, no dia de são nunca à tarde, na semana dos nove dias, é capaz de decidir que o Infarmed vem para o Porto. E, nesse dia, criam uma outra comissão para ver se alguma comissão diz que é mau o Infarmed vir para o Porto”, concluiu.
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