CTT dá um trambolhão. BCP castiga bolsa de Lisboa

Pressionada pelos CTT, mas também pelo BCP, a bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana em queda. Lá fora, nas restantes praças europeias, o sentimento foi semelhante.

A praça lisboeta fechou em queda, naquela que foi a última sessão da semana. Pressionada pela desvalorização das ações dos CTT — que registaram a maior queda da sessão — e pelo Banco Comercial Português (BCP), nem os ganhos da EDP ou do setor do retalho foram capazes de impedir a desvalorização do PSI-20.

O principal índice português, o PSI-20, recuou 0,68% para os 5.0260,2 pontos, tendência verificada, de resto, nas restantes praças europeias. O Stoxx 600 recuou 0,06% para os 361,45 pontos, enquanto a praça italiana cedeu 0,04%, num dia em que os juros da dívida dispararam para máximos de 2014, perante o confronto entre Roma e Bruxelas por causa do Orçamento.

Um dia depois de os CTT terem contestado o relatório da Anacom sobre a qualidade do serviço dos correios prestado pela empresa, as ações desvalorizaram 3,61% para 3,2 euros, a descida mais expressiva desta sessão. A empresa liderada por Francisco de Lacerda anunciou que vai avançar pela “via de ação arbitral e administrativa”, no sentido de tentar invalidar a decisão do regulador que qualifica de “desproporcional e desadequada”.

O BCP também penalizou a bolsa de Lisboa, ao registar uma desvalorização de 1,75% para 0,224 euros. Acabou por não acompanhar a recuperação dos títulos da banca espanhola que voltaram aos ganhos depois de o Supremo ter admitido voltar atrás no pagamento de um imposto que poderia custar milhões de euros.

Destaque, ainda, para a Mota-Engil, que durante o dia esteve a desvalorizar quase 3%. A construtora encerrou a sessão a cair 1,85% para 1,806 euros, no dia em que anunciou a compra de mais ações próprias. A empresa passou agora a deter 4.744.804 ações, correspondentes a 1,9978% do capital social.

A puxar pela praça lisboeta esteve o setor do retalho, com a Jerónimo Martins a subir 0,79% para 11,45 euros e a Sonae a avançar 0,30% para 0,8495 euros.

A família EDP também encerrou a sessão a somar ganhos. A EDP subiu 0,99% para 3,169 euros e a EDP Renováveis avançou 0,31% para 8,155 euros, mas, ainda assim, não foi suficiente para elevar o PSI-20. A Galp Energia encerrou com uma descida ligeira de 0,35%, apesar da revisão em alta da recomendação para os títulos por parte do RBC Capital.

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