Aprovada comissão de inquérito ao furto de Tancos. PCP e PEV abstiveram-se
Na votação para aprovar a comissão de inquérito ao furto de armas nos paióis de Tancos, apenas as bancadas do PCP e do PEV se abstiveram. O deputado socialista Filipe Neto Brandão vai presidir.
A comissão de inquérito ao furto de armas nos paióis de Tancos, em 2017, foi esta sexta-feira aprovada por larga maioria no parlamento. Na votação, apenas as bancadas do PCP e do PEV se abstiveram. O Bloco de Esquerda, que anunciara não se opor à comissão parlamentar de inquérito, optou por votar a favor.
O deputado socialista Filipe Neto Brandão vai presidir à comissão de inquérito. Apesar de ter sido aprovada, o âmbito das investigações a realizar pelos deputados dividiu na quarta-feira as bancadas entre direita e esquerda, com PS, PCP e Verdes a defenderem que também se deve averiguar o que se passou no passado, antes do roubo de material militar a base de Tancos.
A proposta de criação de uma comissão parlamentar de inquérito foi anunciada em setembro, após terem sido noticiadas as detenções de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR, na sequência da investigação à recuperação de armamento.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas. Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR.
Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que se demitiu e foi substituído por João Gomes Cravinho.
Na semana passada, o então Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, demitiu-se, tendo sido já substituído pelo general José Nunes da Fonseca.
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