Metro de Lisboa investiu apenas 10% do previsto
Os atrasos são sobretudo notórios nos investimentos previstos para a criação da futura linha circular ou na remodelação da Linha Verde. Metro fala de atrasos na aprovação de obras pela tutela.
Nos três primeiros meses do ano, o Metropolitano de Lisboa deveria ter investido 6,9 milhões de euros, em obras como o prolongamento da rede entre o Rato e o Cais do Sodré ou a remodelação da Linha Verde. No entanto, até março, a empresa investiu cerca de 10% do montante que está inscrito no Plano de Atividades e Orçamento, ou seja, cerca de 750 mil euros, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) esta segunda-feira.
O valor dos investimentos efetivamente realizados assumem uma dimensão ainda mais reduzida quando a avaliação é feita à luz do montante que a empresa deveria investir ao longo deste ano. No primeiro trimestre foram utilizados apenas 2,1% do total de 36,6 milhões de euros previstos para o conjunto do ano.
A razão do atraso? “Os atrasos que se têm vindo a verificar no lançamento de procedimentos de empreitadas, que por integrarem despesas plurianuais, necessitam de autorização prévia da tutela, o que torna o processo de contratação pública mais moroso”, explica a empresa ao Negócios.
"Os atrasos que se têm vindo a verificar no lançamento de procedimentos de empreitadas, que por integrarem despesas plurianuais, necessitam de autorização prévia da tutela, o que torna o processo de contratação pública mais moroso.”
Os atrasos são sobretudo notórios nos investimentos previstos para a criação da futura linha circular, que implica o prolongamento e ligação entre as estações de Cais do Sodré e Rato onde foram apenas executados 105 mil euros, quando estavam previstos 2,7 milhões. Já nos investimentos previstos na estação da Baixa-Chiado ou na remodelação da rede não foi utilizado dinheiro nenhum.
A atividade da empresa continua ainda a ser afetada pela falta de material circulante. A oferta de comboios ficou 10% aquém do que estava inscrito no plano de atividades, devido a “alguns atrasos na manutenção, justificados quer pela falta de meios humanos quer pela falta pontual de alguns materiais”, explica a empresa.
Já o número de passageiros transportados aumentou 6,2% face ao previsto no mesmo plano, com destaque para uma maior utilização por parte das crianças até aos 12 anos.
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