Merkel abandona liderança da CDU, mas fica como chanceler
A decisão foi tomada depois dos resultados nas eleições para o parlamento regional de Hesse, mas Merkel mantém-se como chanceler da Alemanha.
Angela Merkel, chanceler alemã, vai abandonar a liderança da CDU, depois de 18 anos à frente do partido democrata cristão, avança a imprensa alemã. A decisão foi tomada depois dos resultados das eleições para o parlamento regional de Hesse, mas Merkel mantém-se como chanceler da Alemanha.
De acordo com a imprensa alemã, citada pelo Financial Times, Angela Merkel informou membros do partido, esta segunda-feira, que não irá recandidatar-se a um novo mandato à frente da CDU. O anúncio formal desta decisão deverá ser feito em dezembro, em Hamburgo, durante uma conferência do partido.
A decisão é tomada depois de terem sido conhecidos os resultados das eleições para o parlamento regional de Hesse, em que os partidos que compõem a coligação governamental da Alemanha mantiveram a liderança, mas com uma queda significativa. A CDU venceu as eleições, com 28%, mas perdeu mais de 11 pontos percentuais relativamente às eleições de 2013, o que representa o pior resultado registado pela CDU nesta região desde 1966.
Já os sociais-democratas do SPD, o parceiro da CDU na coligação governamental, também recuaram perto de 11 pontos nestas eleições, conquistando menos de 20%. Por outro lado, o partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve 13% dos votos, entrando para o parlamento regional de Hesse, o único dos 16 do país onde ainda não tinha representação.
Com a imagem do Governo fragilizada por estes resultados, Angela Merkel deixa, assim, a porta aberta para uma sucessão, uma exigência que já há muito é feita pelas democratas cristãos.
Para já, não são conhecidos candidatos ao lugar deixado vago por Merkel, mas vários nomes são já apontados pela imprensa internacional. O atual ministro da Saúde, Jens Spahn, que tem criticado a política de refugiados seguida por Angela Merkel e é apoiado pela ala mais conservadora da CDU, é indicado como um dos candidatos, segundo a Bloomberg. Ralph Brinkhaus, líder do grupo parlamentar da CDU, e Annegret Kramp-Karrenbauer, secretária-geral do mesmo partido, são outros dos potenciais candidatos.
Notícia atualizada pela última vez às 9h55 com mais informação.
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