Operadora brasileira Oi investiu mil milhões de euros nos primeiros nove meses e promete continuar
"A companhia está focada na retoma da competitividade e na melhoria da experiência dos clientes”, informou a operadora, em nota enviada ao mercado no Brasil.
A operadora brasileira Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista, já investiu quatro mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros) entre janeiro e setembro deste ano, pretendendo continuar a aumentar esta verba.
“A companhia está focada na retoma da competitividade e na melhoria da experiência dos clientes e já investiu cerca de quatro mil milhões de reais [cerca de mil milhões de euros] nos nove primeiros meses deste ano”, informa a operadora, em nota enviada ao mercado no Brasil.
Segundo a companhia, “ao longo de 2018, a Oi já vem antecipando o início do ciclo de investimentos previsto” no Plano de Recuperação Judicial, “alavancando a robustez e a capilaridade da sua rede, permitindo o avanço dos projetos de expansão do serviço de banda larga de alta velocidade, principalmente por fibra ótica, e de ampliação da rede de acesso móvel”.
A operadora espera, assim, atingir um total 10 milhões de casas com fibra até final de 2021. Para guiar estes investimentos, a Oi dá conta, na nota ao mercado, do contrato feito com a consultora norte-americana Oliver Wyman para gerir o seu plano, incluído na recuperação judicial, que prevê aplicações de, em média, sete mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros) por ano durante três anos.
Não são dados, contudo, valores do contrato. “A Oliver Wyman é líder global em consultoria de gestão, sendo especializada em estratégia, operações, gerenciamento de riscos e transformação organizacional”, realça a Oi.
O objetivo da operadora é, assim, “assegurar que a equipa executiva da companhia tenha todo apoio e ferramentas de referência no mercado para atingir os objetivos estratégicos do negócio, que estão fundamentados no projeto de massificação de banda larga de alta velocidade, em particular com fibra ótica até casa dos clientes, na área de atuação da companhia, buscando maximizar a rentabilização dos ativos existentes, além de promover a expansão da rede de acesso do serviço de 4,5G, já deixando a rede da Oi preparada para a chegada do 5G”, quando chegar ao Brasil.
A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 15 mil milhões de euros). A Pharol (ex-Portugal Telecom) era a principal acionista daquela companhia, detendo 27,18% através da sua subsidiária Bratel, mas, com o Plano de Recuperação Judicial da Oi passou a ter menos de 8% por ter optado por não participar na recapitalização da operadora mediante conversão de dívida.
Esse Plano de Recuperação Judicial propõe-se, assim, reduzir o passivo da companhia brasileira, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a empresa.
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