Novos 90 mil trabalhadores precários em 2017. Total atinge as 950 mil pessoas
O número de contratos a termo aumentou mais de 10% no ano passado, face a 2016, de acordo com dados dos quadros de Pessoal divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento da Segurança Social.
O crescimento do emprego em Portugal, ao longo de 2017, resultou em parte de um reforço do número de precários. Entre os 125 mil trabalhadores contratados no privado, mais de 90 mil assinaram contratos com vínculo não duradouro, segundo revelam os números da Segurança Social citados pelo Correio da Manhã (acesso pago). Assim, o total de precários no país atingiu os 950 mil, no final do ano passado.
Foram assinados 71.190 novos contratos a termo certo e cerca de 19 mil contratos a termo incerto, sendo que em ambos os casos se incluem na categoria de trabalho a prazo e com menção justificativa do motivo da contratação, escreve o CM. O total de trabalhadores por conta de outrem alcançou os 2,7 milhões. Destes, 65% — ou 1,8 milhões — têm contratos sem termo.
O número de contratos a termo aumentou mais de 10% no ano passado, face a 2016, de acordo com dados dos quadros de Pessoal divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento da Segurança Social. No que diz respeito aos contratos sem termo, o crescimento foi de cerca de 2% ou 34 mil pessoas, durante o ano de 2017.
O documento revela ainda que trabalhadores por conta de outrem registaram um salário médio de 1.133,34 euros, o que representa um aumento de 25,48 euros face a 2016. Continua a haver uma diferença entre as remunerações recebidas por homens ou mulheres, sendo que os primeiros receberam, em média, mais 226 euros mensais do que as segundas. Os trabalhadores homens ganharam 1.236,85 euros, enquanto as trabalhadoras mulheres receberam 1.011,02 euros.
O número de empresas privadas em Portugal atingiu, no ano passado, as 255 mil, das quais apenas 997 são consideradas grandes empresas, ou seja, com mais de 250 trabalhadores. O Norte é a região com maior número de empresas e trabalhadores ao serviço, seguindo-se a Grande Lisboa, na segunda posição, e o Centro, na terceira.
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