Ramalho diz haver novos interessados no Novo Banco
Em mensagem enviada aos colaboradores, António Ramalho diz haver “renovada atenção” na venda do Novo Banco e “novos investidores” interessados na dispersão de capital do banco.
O processo de venda do Novo Banco atraiu “novos investidores” interessados na dispersão do capital da instituição por várias entidades. A revelação é feita por António Ramalho, presidente do banco, numa mensagem enviada aos colaboradores do Novo Banco citada pelo Negócios.
“Neste mês também se notou uma renovada atenção dos atuais concorrentes à compra direta do nosso banco, bem como um novo interesse por novos investidores potenciais em ambiente de IPO” (oferta inicial de venda), sublinha Ramalho na nota publicada segunda-feira na intranet da instituição que assinala os seus primeiros 30 dias em funções.
No documento, o líder do Novo Banco assume que está a ter uma participação ativa no processo de venda da instituição que o Banco de Portugal tem em curso e diz ter a seu cargo uma “nova responsabilidade na gestão do capital” da instituição. “Continuamos a apoiar intensamente o Fundo de Resolução na venda direta, estamos em vias de terminar os trabalhos essenciais à preparação de um eventual IPO para institucionais e criámos uma equipe designada Capital Project Office para desenvolver e apresentar várias soluções de capital, alternativas e complementares ao processo em curso”, diz Ramalho.
Ao revelar que o trabalho para a dispersão do capital do Novo Banco por vários investidores institucionais está a ser concluído, o banqueiro vem colocar pressão sobre os quatro candidatos que continuam a avaliar a instituição no âmbito da venda direta. Na corrida estão o BCP, o BPI, o consórcio Apollo/Centerbridge e o Lone Star.
Desde o relançamento da venda do Novo Banco, no início do ano, que o Banco de Portugal tem apostado na preparação de duas alternativas – a venda direta e a dispersão de capital –, visando ter um plano B caso o procedimento em curso não permita encontrar um comprador.
Ramalho recusa ainda a venda em partes da instituição que lidera. “Surgem esporadicamente ideias vagas sobre a divisão do Novo Banco. Mas hoje tais ideias não são credíveis porque estão desatualizadas”, garante o banqueiro, justificando-se com o facto de o banco estar “na primeira linha do desinvestimento em atividades não ‘core’”, como a venda do BESI, NB Ásia e BES Vénétie.
O presidente do Novo banco, refere ainda que o facto de a instituição já ter em marcha um plano de reestruturação, que passou pela redução de efetivos e encerramento de balcões e implicará a venda de mais ativos não estratégicos “é um fator de valorização, mas é sobretudo um ótimo motivo para poder assegurar que o ‘core’ da sua atividade não é cindível”.
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