“Efeito Cristina” põe SIC a liderar audiências. 12 anos depois, bate a TVI
Foram precisos 12 anos para a SIC voltar a liderar as audiências. O "efeito Cristina" está a sentir-se um pouco por todo o lado, desde o aumento dos telespectadores às contas do Grupo Impresa.
A SIC é líder de audiências. Após 12 anos e meio atrás da TVI, o canal de Paço de Arcos conseguiu, em fevereiro, bater a concorrência de Queluz de Baixo, conquistando a preferência dos telespetadores. Cristina Ferreira explica, em grande parte, o resultado alcançado pelo canal de televisão do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.
A SIC registou audiências mensais de 18,6%, superando a TVI por uma décima. A estação de Queluz de Baixo não ficou longe, mas acabou por cair para o segundo lugar ao registar uma audiência total de 18,5% no mês passado. O terceiro lugar foi ocupado, mais uma vez, pela RTP1, com 12,1% de audiências mensais.
O aumento de audiências resulta, em grande parte, da transferência da apresentadora Cristina Ferreira, que saltou da TVI — canal onde estava há vários anos — para concorrer diretamente, na SIC, com o seu antigo parceiro, Manuel Luís Goucha. Cristina Ferreira apresenta desde o dia 7 de janeiro de janeiro o Programa da Cristina, liderando as manhãs da estação.
“A partir de janeiro, com a nova grelha, onde se destaca a nova oferta das manhãs com Cristina Ferreira, [a SIC] alargou a sua liderança às manhãs e passou a ganhar os dias úteis”, pode ler-se no comunicado da Impresa.
Canais SIC na liderança
Mas não só a SIC lidera. O grupo de canais SIC conseguiu manter a liderança, terminando o mês com 22,1 % de share (o mesmo valor de janeiro), contra os 21% registados pelo grupo de canais da TVI e os 16,3% contabilizados pelos canais da RTP. Enquanto o grupo de canais da TVI registou uma descida nas audiências de 0,4 pontos percentuais, os canais da estação pública, por sua vez, conseguiram aumentar o share em 0,1 ponto percentual.
Entre os canais de informação, a SIC Notícias é preferido dos portugueses, tendo terminado fevereiro com audiências mensais de 1,6%. Já a SIC Mulher conseguiu arrecadar 0,9% de audiências, enquanto a SIC Radical obteve 0,4% de share, a SIC Caras elevou as audiências para 0,3% e a SIC K, por fim, alcançou 0,2% de share.
Do grande ecrã para os resultados financeiros
O “efeito Cristina” está a contagiar as audiências, fazendo-se sentir também nos resultados do Grupo Impresa. No ano passado, a dona da SIC passou de prejuízos a lucros, fechando o ano com lucros de 3,1 milhões de euros, naquele que é o melhor resultado que apresenta desde 2015.
As estreias televisivas — desde a nova apresentadora até à nova casa em Paço de Arcos — ajudaram a puxar pelo resultado alcançado pelo grupo de media. No comunicado enviado aos mercados, a Impresa fala, claro, da contratação de Cristina Ferreira no final do verão, dizendo que “teve ampla repercussão no mercado em 2018, e obteve efeitos imediatos em 2019”.
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