PCP: negócios imobiliários seguram contas do partido
O partido comunista português tem 329 imóveis espalhados pelo país. Só em 2012 fez 600 mil euros em mais valias e rendas, avança o Expresso.
A principal fonte de receita do PCP é o património imobiliário que foi agregando ao longo dos anos. Os negócios envolvem terrenos (agrícolas, industriais e urbanos), andares e prédios espalhados por todos os distritos do país, avança o semanário Expresso na edição deste sábado.
Segundo o semanário foram as mais-valias destas transações que permitiram aos comunistas equilibrar as contas anuais e evitar o colapso financeiro. Só em 2012 , o PCP terá arrecadado com a venda de património e rendas cobradas mais de 600 mil euros, segundo dados entregue pelo partido junto do Tribunal Constitucional. Os dados recolhidos apontam para 201.867,81 euros de mais-valias pela alienação de património a que se somam 414.158,15 euros de receitas prediais.
A investigação do jornal tem por base a lista de património que o PCP declarou à Entidade de Contas e Financiamentos Políticos (ECEP), relativos ao ano de 2012, que corresponde às ultima contas julgadas pelo Tribunal Constitucional.
No total são 329 propriedades, 275 das quais referem-se a imóveis e 54 a terrenos. E segundo o valor contabilístico atribuído pelo PCP somam no total 13,563 milhões de euros. O Expresso sublinha que do total do património imobiliário declarado apenas 91 propriedades correspondem a espaços identificados como afetos a atividades partidárias.
O jornal cita ainda o texto que serve de base ao próximo congresso do PCP onde é referido que nos últimos quatro anos, o PCP registou “um valor médio anual negativo de cerca de um milhão e 82 mil euros e só com recurso a receitas extraordinárias foi possível fazer face à situação deficitária“.
Os comunistas assumem que a independência financeira é vital considerando -a mesmo “indissociável da independência política e ideológica”. O PCP em resposta ao Expresso adianta ainda que “não existe qualquer atividade do PCP que não seja atividade política” garantido que “todas as receitas e despesas resultantes do património do PCP estão inscritas nas contas entregues ao Tribunal Constitucional”.
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