Wall Street em queda. Investidores à espera da “chuva” de resultados

As ações dos EUA entraram com o "pé esquerdo" na mais preenchida semana em termos de divulgação de contas do primeiro trimestre. Receios dos investidores pressionam ações. Petróleo puxa pela energia.

As ações norte-americanas regressam à negociação após a pausa da Páscoa em queda, com os investidores a mostrarem cautela no início de uma semana que promete ser a mais rica em termos de divulgação de resultados.

O S&P 500 perde 0,22%, para os 2.898,78 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq recuam 0,18% e 0,36%, respetivamente, para os 26.510,77 e 7.969,78 pontos.

Cerca de um terço das cotadas do S&P 500, incluindo a Boeing, a Amazon e o Facebook, revelam esta semana as suas contas relativas ao primeiro trimestre do ano. Os números dessas empresas serão determinantes para indicar até que ponto os investidores deverão estar ou não preocupados relativamente a uma eventual contração dos resultados.

De acordo com a Reuters, que cita dados da Refinitiv, o S&P 500 deverá registar uma quebra homóloga de 1,7% nos resultados do primeiro trimestre. A confirmar-se essa evolução, tratar-se-á da primeira contração de resultados desde 2016.

“Os resultados do primeiro trimestre têm sido uma surpresa agradável até agora, mas não entusiasmaram suficientemente os investidores de modo a mover “a agulha” de uma forma significativa”, afirmou Peter Kenny, fundador da Strategig Board Solutions, numa nota enviada a investidores citada pela Reuters.

“Atendendo ao volume decrescente e aos avanços/recuos das métricas dos mercados de ações nas últimas semanas, justificar-se-ia estar preocupado”, acrescentou o mesmo responsável.

Entre as maiores quebras em Wall Street, referência para a Boeing cujas ações deslizam 0,7% perante notícias de que há falhas generalizadas no fabrico dos aviões da empresa norte-americana. Mas também para a Tesla cujos títulos perdem 2%, perante um vídeo partilhado por uma rede social chinesa que mostra um Model S que terá explodido.

Mas nem só de notícias negativas se faz este arranque da semana bolsista nos EUA, e em dia de paragem dos mercados europeus. A subida acentuada das cotações do petróleo — o barril de Brent londrino e do crude norte-americano valorizam mais de 2% perante as sanções dos EUA ao Irão — está a puxar pela cotação de alguns títulos do setor da energia.

Este é o caso da petrolífera Halliburton, cujas ações somam 0,7% em sintonia com as cotações do “ouro negro”, mas também com os resultados que apresentou e que ficaram acima do esperado. A Exxon Mobil segue a tendência, seguindo a valorizar 0,7%.

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