Leilões de 5G vão aumentar dívida das operadoras de telecomunicações europeias
A agência Moody's prevê que o endividamento médio das grandes empresas de telecomunicações europeias cresça com o esforço realizado para a participação nos leilões de 5G.
Os avanços tecnológicos não chegam sem custos. Os leilões de espetro para a nova tecnologia móvel 5G nos diferentes mercados europeus vão obrigar os operadores de telecomunicações a um esforço financeiro significativo, operação que irá levar a um aumento da dívida das empresas.
A estimativa da agência Moody’s é que o endividamento médio das grandes empresas de telecomunicações europeias cresça e atinja um rácio de 3,0 vezes o EBIDTA este ano, face a 2,9 vezes em 2018 e 2,7 vezes em 2017, adianta o Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).
O setor está aguardar a evolução do leilão na Alemanha, que deverá ser o maior do ano na Europa, depois de a Coreia do Sul, através da operadora SK Telecom, se ter tornado no início do mês o primeiro país a ter um serviço comercial de 5G, ultrapassando EUA, China, Japão e União Europeia.
Na semana passada, o leilão na Alemanha para 41 blocos de frequências para a tecnologia 5G ultrapassou os 5.500 milhões de euros, mais de um mês depois do início deste processo chave para a competitividade da maior economia europeia. Os quatro operadores envolvidos são a Telefónica Deutschland, a Deutsche Telekom, a Vodafone e a Drillisch.
O fim do leilão não tem uma data definida, sendo que este se mantém até um dos participantes decidir conformar-se com o espetro adquirido. Posto isto, a indústria receia que as ofertas atinjam valores muito elevados. Para além da Alemanha, também estão previstos leilões na França, Suíça, Grécia, Polónia, Suécia, Noruega e Roménia ainda neste ano.
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