União Europeia insta regime venezuelano a respeitar “imunidade diplomática em todos os casos”
Ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha sublinha que país vai limitar as atividades políticas de Leopoldo López na Embaixada, já que não quer que esta se torne em centro "de ativismo político".
A União Europeia considera que a decisão de Espanha em acolher Leopoldo López, preso em 2014 pelo regime de Maduro, na sua Embaixada de Caracas foi uma “decisão nacional”. Mas apesar de ser uma decisão nacional, a UE insta o regime venezuelano a respeitar a imunidade diplomática “em todos os casos”. A posição foi assumida esta sexta-feira por um porta-voz de Federica Mogherini, alta representante da Política Exterior da UE, citado pelo “El Pais”.
Além da tomada de posição da UE, também o ministro dos Negócios Estrangeiro interino do governo espanhol voltou a abordar a questão esta sexta-feira, realçando que Espanha “limitará” as atividades políticas de Leopoldo López enquanto este se mantiver refugiado na residência do embaixador espanhol em Caracas, já que o país “não irá permitir que a sua Embaixada se converta num centro de ativismo político”, apontou Josep Borrell à margem de uma visita oficial ao Líbano.
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, alertou por seu turno que caso o regime de Maduro decida forçar a detenção de López na Embaixada de Espanha tal será “uma ameaça de guerra”, já que estará em causa uma “violação do território espanhol e da convenção de Viena”.
O líder da oposição a Maduro, que na última terça-feira lançou um apelo à adesão dos militares ao movimento que procura derrubar Maduro, convocou para sábado uma nova mobilização popular que dê um novo alento à tentativa de transição “não violenta” no país, apelando a uma mobilização que seja “pacífica e cívica”.
Até ao momento, e de acordo com a ONU, e até esta sexta-feira, já se registaram cinco mortos na sequência dos protestos que eclodiram na terça-feira.
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