Costa recusa mexer em dossiês de professores depois da legislatura

  • ECO
  • 11 Maio 2019

Para o primeiro-ministro, a guerra com os professores "é um assunto bem encerrado" e que não fará parte do programa do PS nas próximas legislativas.

A crise com os professores é um “assunto bem encerrado” para António Costa que, nas próximas legislativas, não irá fazer qualquer alteração a este dossiê. De acordo com o Expresso, que cita fontes próximas do primeiro-ministro, depois das eleições europeias, a 26 de maio, será a vez de ocorrer um teste à geringonça.

“É um assunto bem encerrado”, afirmou António Costa àquele jornal sobre a guerra com os professores, depois de terminar a crise política de oito dias, onde a direita se juntou ao PS e chumbou a recuperação integral do tempo de serviço destes profissionais.

O programa dos socialistas exclui mesmo qualquer alteração na carreira, estatuto ou avaliação de professores para a próxima legislatura. Isto porque, de acordo com fontes próximas do primeiro-ministro, “mesmo o eleitorado do Bloco de Esquerda (BE) e PCP não o apoiam”.

Na Lei de Bases da Saúde, depois do braço de ferro público entre PS e BE sobre a as Parcerias Público-Privadas (PPP), os socialistas voltaram-se em definitivo para o PCP, tendo assegurar o apoio de Jerónimo de Sousa. Neste sentido, o acordo entre o PS e o PCP não é assim tão improvável, dado que os socialistas estão dispostos a ir mais longe na isenção das taxas moderadoras, tornando-as praticamente residuais.

Na lei laboral, o plano continua a ser aprová-la com o PSD: “Temos de os deixar assentar”, disse uma fonte do núcleo duro ao mesmo jornal. “Será cada vez mais normal a ideia de Governos apoiados por maiorias parlamentares diversas, com partidos que, apesar das convergências, quererão sempre manter as diferenças”, resume uma fonte do Governo.

O resultado desta crise terá sido, quanto muito, a desmobilização do eleitorado do PSD, algo que António Costa espera que tenha acontecido, diz o Expresso.

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