Onofre ataca “injustiça nas alfândegas” que penaliza calçado. Quer “liberalização do mercado”

Acabou de tomar posse como presidente da Confederação Europeia de Calçado, mas Luís Onofre já identificou aquele que vai ser o maior desafio. Quer lutar contra as taxas alfandegárias dos EUA e China.

Luís Onofre já é presidente da Confederação Europeia de Calçado. Acabou de tomar posse, mas já tem bem presentes os desafios que irá enfrentar neste mandato de três anos: as taxas aduaneiras. Diz que há “injustiça nas alfândegas” que penalizam o setor europeu, prometendo lutar para convencer EUA e China de que um mercado livre traz vantagens para todos.

É premente a injustiça nas alfândegas” em alguns dos mercados mais importantes para o calçado europeu. Nos EUA, China e até no Brasil “são aplicadas taxas completamente dispares aquilo que é aplicado na Europa”, notou Onofre ao ECO durante a cerimónia da tomada de posse, que se realizou na sexta-feira no Palácio da Bolsa, no Porto.

Defende que tem de existir regras iguais em termos de taxas aduaneiras. “Estamos numa globalização. Isto não pode acontecer”, atirou. “A Europa é um mercado aberto e eu sou a favor da liberalização do mercado“, salientou o novo líder da indústria europeia do calçado.

Perante esta dificuldade, o também presidente da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos) pretende criar mecanismos e convencer os países onde isto acontece (EUA, China e Brasil) que só no mercado livre é que isto funciona. De outra forma é impossível”.

“Temos de defender uma indústria que é centenária, que tem um histórico brutal e que se pode perder num curto prazo de tempo se algo não mudar”, refere o designer português que sucede a Cleto Sacripanti na liderança da Confederação Europeia de Calçado.

Sacripanti, diz Onofre, “foi um grande presidente que em épocas difíceis conseguiu fazer coisas incríveis”. Vai ser “muito difícil igualar o trabalho que ele desempenhou e a forma como conseguiu unir todos os parceiros europeus”, admite. Mas, agora no seu lugar, promete dar o seu melhor num cargo que o enche de orgulho, mas também aos seus pais.

Para Luís Onofre é um orgulho seguir os passos da família no setor do calçado. E “para o meu pai é gratificante ver-me a mim a assumir um cargo destes, com esta importância. Deve sentir-se orgulhoso de mim tal e qual como eu me sinto dele”, revelou, com emoção. Para os pais esta distinção é uma “honra, um grande orgulho e dignifica o valor que ele tem”.

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