66 anos e a contratar. Ericsson muda-se para Lisboa e quer crescer
Duas décadas depois, a Ericsson trocou a Quinta da Fonte, em Oeiras, pelo Parque das Nações, em Lisboa. Conheça o novo escritório da empresa que cumpre este ano o 66.º aniversário em Portugal.
Imagine o desafio de mudar de casa pela primeira vez em 20 anos. Foi essa sensação que tiveram os cerca de 300 trabalhadores da Ericsson quando, numa das três reuniões anuais que organiza a administração, foram surpreendidos pela notícia: o escritório da Quinta da Fonte, em Oeiras, casa da empresa que este ano cumpre o 66.º aniversário em Portugal, ia ser substituído por outro, desta vez em Lisboa. “Foi um choque”, conta Luís Silva, CEO da Ericsson em Portugal.
Da primeira vez que falaram do assunto, os responsáveis puseram os pratos em cima da mesa: depois de duas décadas no concelho de Oeiras, a ideia foi “pensar naquilo que são os hábitos dos nossos clientes”, aproximando-se a empresa do sítio onde eles estão. E isso incluía procurar um lugar próximo do Parque das Nações.
O processo foi pensado tendo em conta a gestão da mudança interna, da indústria e dos hábitos de trabalho. É que no escritório novo convivem trabalhadores, na sua maioria com uma idade média de 40 anos e cerca de uma década na empresa, mas também com outros acabados de chegar à estrutura. E essa renovação não deverá parar por aqui: a Ericsson quer contratar 100 novas pessoas até ao final do ano. “É simples entender que há pessoas que fizeram aqui uma carreira e, como tal, os hábitos e a cultura de organização estão à volta de onde o escritório estava. Isto mereceu a nossa atenção”, assegura o CEO da empresa que acompanhou de perto o trabalho desenvolvido internamente para pensar o novo espaço de raiz.
Com quatro pisos e espaços de trabalho maioritariamente em open space, o novo escritório é exclusivo para a empresa e tem nos nomes das salas de reuniões uma das maiores marcas distintivas do escritório nacional: nomes de serras e rios portugueses. Por ter de obedecer a uma matriz internacional, a sede de Lisboa mantém também um cariz internacional que oferece a possibilidade de nos fazer a sentir na Ericsson, independentemente da cidade onde estamos. “O espaço agora é mais pequeno – tínhamos um escritório que era grande demais para nós -, com muito mais luz e um layout interno muito mais moderno. É um escritório free seat, onde não há cabos, e a iluminação foi pensada numa lógica de sustentabilidade”, esclarece Luís.
O espaço agora é mais pequeno – tínhamos um escritório que era grande demais para nós -, com muito mais luz e um layout interno muito mais moderno.
O novo escritório, acrescenta Luís, “é uma mensagem interessante porque, se virmos o setor das telecomunicações, 66 anos num país como Portugal é um marco muito relevante, sobretudo se nos compararmos com os demais players da indústria. Ter um escritório novo dá a ideia de continuidade e investimento que a empresa tem no nosso país”. E também um fator de atratividade. “Estar em Lisboa num escritório novo é sempre um motivo de atração, primeiro para os que cá estão e depois, para as pessoas mais novas”, explica.
De anúncio em anúncio
A primeira vez que os trabalhadores da Ericsson ouviram falar na ideia de terem de se mudar foi bem antes da mudança, que aconteceu no início de maio de 2018. A notícia foi comunicada pela primeira vez numa das três reuniões anuais que a equipa de gestão organiza para falar aos empregados dos desafios, das expectativas e dos resultados da empresa.
“Tivemos de fazer um verdadeiro projeto de forma a que as coisas pudessem funcionar. Explicámos que íamos mudar, os critérios da mudança – proximidade com os clientes e acessibilidade de transportes públicos – e, acima de tudo, o critério daquilo que íamos procurar com as novas instalações. Tivemos a preocupação que fosse um sítio acessível, explicámos onde estavam os nossos clientes, e que nesse raio íamos procurar alternativas”, detalha Luís Silva, CEO da Ericsson em Portugal.
“About the new office”
Significa “a respeito do novo escritório” e foi a “mail box” criada pela equipa de Rute Diniz, diretora de pessoas da Ericsson, a propósito da nova casa da empresa em Portugal. A ideia foi gerar um fluxo de interações a respeito do novo espaço onde fosse não só possível comunicar as novidades como desafiar os trabalhadores para darem sugestões para o lugar. Uma das ideias recebidas e que, no final, foi implementada, foi a existência de um balneário com chuveiro para que os trabalhadores que vêm a correr ou de bicicleta possam tomar um duche antes de começarem a trabalhar.
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