Brasil e México também podem avançar com estímulos
Líderes dos bancos centrais de duas das maiores economias do mundo estão preocupados com fraco crescimento e sinalizaram, em eventos separados, que podem surgir novos estímulos monetários.
Em mais um sinal de que a economia global está a enfrentar problemas, os líderes dos bancos centrais o Brasil e do México — duas das maiores economias do mundo — alertaram esta quarta-feira para a pressão que o baixo crescimento está a ter na inflação e sugeriram que podem avançar com cortes nas taxas de juro de referência em breve.
Pouco a pouco, as maiores economias do mundo vão sentindo o abrandamento e as autoridades começam a dar sinais de que será tempo para agir. A Alemanha sugeriu que esse pode vir a ser o caminho no passado domingo. Nos EUA, a administração norte-americana está a avaliar as suas opções. A Reserva Federal já cortou os juros e o Banco Central Europeu está a preparar mais estímulos, que podem surgir na última reunião de Mario Draghi enquanto presidente da instituição.
Esta quarta-feira foi a vez dos líderes de duas das maiores economias do mundo sinalizarem que o caminho poderá passar por novos estímulos à economia. Em dois eventos separados, os governadores do Banco Central do Brasil e do Banco Central do México disseram que a pressão sobre a inflação do abrandamento económico poderá levar a novos cortes das taxas de juro.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, disse num encontro no Senado brasileiro que, apesar de a ação do banco central depender dos dados económicos que surgirem, a evolução dos riscos e as expetativas de inflação, o fraco crescimento económico que exige novos estímulos de política monetária.
A economia do Brasil sofreu uma contração no primeiro trimestre do ano e conhecerá na próxima semana os dados do segundo trimestre, com os investidores na expetativa para saberem se a economia volta a entrar em recessão.
Já no caso do México, a economia da América Central escapou por pouco à entrada em recessão no segundo trimestre, mas o impacto da guerra comercial entre os EUA e a China, e as medidas restritivas impostas ao comércio com os EUA pela administração norte-americana não auguram um final do ano fácil.
O governador do Banco Central do México, Alejandro Diaz de Leon, disse que a economia mexicana está a crescer abaixo do potencial e que esse desempenho fraco está a tornar-se mais evidente numa conjuntura de abrandamento económico global.
O Banco Central do México já cortou a sua taxa de juro de referência no mês passado, de 8,25% para 8%, uma decisão que surpreendeu os analistas e que não foi consensual dentro do próprio banco central. Mas o seu governador voltou a referir a existência de pressões deflacionárias que podem exigir mudanças.
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