Embraer quer exportar 400 milhões por ano a partir de Portugal
Entre 2015 a 2024, as empresas da Embraer estimam exportar mais de 3.500 milhões de euros a partir de Portugal, onde é responsável por “2.500 empregos diretos e sete mil indiretos".
As empresas Embraer em Portugal exportam mais de 300 milhões de euros por ano e preveem crescer para os 400 milhões em 2020, no conjunto das duas fábricas de Évora e da OGMA, em Alverca.
“No conjunto, as empresas em Portugal exportam mais de 300 milhões de euros por ano” e as exportações “irão crescer para além de 400 milhões de euros por volta de 2020, em resultado dos mais recentes investimentos que já aprovámos”, disse o presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider.
O responsável, que falava hoje numa cerimónia nas instalações da Embraer em Évora, afirmou ainda que, “em valor acumulado”, considerando o período de 2015 a 2024, as empresas da construtora aeronáutica brasileira em Portugal “exportarão mais de 3.500 milhões de euros”.
Jackson Schneider discursava na cerimónia de assinatura dos contratos relativos à aquisição por Portugal de cinco aeronaves KC-390, num investimento de 827 milhões de euros.
A cerimónia foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e contou também com a participação do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
O negócio inclui a aquisição de um simulador de voo, e respetiva sustentação logística, com as configurações e especificações técnicas, operacionais e logísticas definidas pela Força Aérea Portuguesa (FAP), e a manutenção das aeronaves nos primeiros 12 anos de vida.
O primeiro destes aviões de carga e transporte do grupo brasileiro Embraer será entregue à FAP em fevereiro de 2023, seguindo-se mais um por cada ano até fevereiro de 2027, no âmbito dos contratos.
Portugal é o primeiro país europeu a adquirir os KC-390, que são produzidos maioritariamente no Brasil, com componentes fabricados nas unidades da Embraer em Portugal, nas fábricas de Évora e na OGMA.
“Hoje já existem empresas e instituições portuguesas que estão qualificadas para o programa KC-390 e que enriqueceram a sua experiência no setor, enquadrando-se para procurar outras oportunidades no mercado global em que apenas um grupo seleto de países se consegue afirmar e do qual Portugal agora faz parte”, salientou Jackson Schneider.
A aeronave, disse, “é resultado de um enorme esforço de engenharia” e constitui “o maior” e “mais complexo” avião já desenvolvido pela Embraer, com a produção em Portugal de “importantes conjuntos”, metálicos ou em compósitos, não só para o KC-390, mas “também para outras aeronaves comerciais” da empresa.
Segundo o presidente do Embraer Defesa & Segurança, o investimento da empresa em Évora “já ultrapassou os 400 milhões de euros”, enquanto, na OGMA, registaram-se investimentos, “nos últimos anos”, que “excedem 100 milhões de euros”.
Em Portugal, a construtora é responsável por “2.500 empregos diretos e sete mil indiretos”, acrescentou ainda, garantindo que os contratos hoje assinados relativos ao KC-390 reforçam “a parceria industrial entre Portugal e a Embraer” e contribuem para “o desenvolvimento da engenharia e da indústria aeronáutica em Portugal”.
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