Antram e SNMMP fecham acordo que evita nova greve dos motoristas. Só falta assinar

Está fechado o acordo que permitirá cancelar a nova greve dos motoristas. Em cima da mesa está a decisão de evitar a mediação e recuperar o protocolo assinado a 17 de maio.

Está fechado o acordo que permitirá cancelar a greve que teve início às 00h00 deste sábado. Em cima da mesa, e à espera apenas da assinatura dos representantes da Antram e do Sindicato Nacional dos Motoristas das Matérias Perigosas (SNMMP), está um documento que prevê a desconvocação da greve, bem como a decisão de evitar a mediação e recuperar o protocolo assinado a 17 de maio, apurou o ECO. “O documento final foi trabalhado pelas partes”, envolvendo o ministro das Infraestruturas, a Antram e o SNMMP, disse fonte próxima do processo.

A paralisação estava agendada para ter início às 00h00 deste sábado e durar até 22 de setembro. Mas à hora marcada para o início da greve, Francisco São Bento, presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), e o advogado Pedro Pardal Henriques estavam no ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) reunidos com Pedro Nuno Santos para assinar um acordo que recupera o protocolo assinado a 17 de maio e que pôs fim à primeira greve dos motoristas.

Ou seja, quatro meses e uma greve depois, Antram e motoristas voltam ao praticamente ao ponto de partida. A diferença estaria nas conquistas alcançadas nas negociações entre as empresas de transportes e a Fectrans, até porque o SNMMP pode aderir ao acordo já assinado entre a Antram e a federação.

À entrada das instalações do Ministério, poucos minutos antes da meia-noite, Francisco São Pedro dava conta, em declarações transmitidas pelas televisões, que tinha sido chamado por Pedro Nuno Santos com a garantia que a proposta que apresentaram esta sexta-feira “ia ser aceite”.

Cerca de uma hora depois, estavam também no MIH os representantes da Antram. Fonte próxima do processo confirmou ao ECO que esta delegação só entraria nas instalações uma vez assinado o acordo pelo SNMMP, já que as empresas continuam a recusar encetar quaisquer negociações com uma greve em cima da mesa.

Os motoristas de matérias perigosas avançaram a 21 de agosto com o aviso prévio para aquela que seria a terceira paralisação em cinco meses. A greve, anunciada para decorrer de 7 a 22 de setembro, ia afetar apenas o trabalho acima das oito horas em dias úteis e todo o trabalho aos fins de semana.

Quando as partes em conflito, SNMMP e Antram, reuniram para debater os serviços mínimos, e tal como o ECO deu conta, notou-se uma certa aproximação entre patrões e trabalhadores, não apenas ao nível do apaziguamento dos discursos públicos, como através da própria discussão tida então no Ministério do Trabalho. A reunião durou perto de sete horas não tanto à conta da discussão sobre os serviços mínimos a vigorar na paralisação de 7 de setembro, mas porque tanto o sindicato como a Antram aproveitaram a ocasião para voltar a abrir a porta à mediação, sobretudo o primeiro.

 

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