Elegância do Giulia encontra a potência do diesel

O WLTP levou a Alfa a descobrir mais de potência no 2.2 JTD. Traz 190 cv capazes de tanto de garantir uma condução refinada, à premium, como mais arrojada, mostrando o lado mas desportivo do Giulia.

Curvas atrás de curvas e… mais curvas. O Giulia é uma delícia ao olhar, surpreendendo-nos com uma nova… curva de cada vez que olhamos para esta berlina de quatro portas italiana. Uma atrás de outra, transmitem uma imagem de elegância, que se pede nestes modelos, polvilhada com um lado mais agressivo, que atrai quem não resiste a um pouco mais de emoção na condução.

Os pára-choques “gordos” (o de trás com duas saídas de escape), os pára-lamas abaulados… e um capot longo que culmina num par de faróis esguios, rasgados, suportados pelo tradicional “V” da grelha da Alfa Romeo são “ingredientes” que ajudam ao modelo transalpino a diferenciar-se dos demais concorrentes. É um estilo que apaixona. E tem conquistado o coração de muitos portugueses.

É difícil ao Giulia passar despercebido na estrada, mesmo tendo começado a desfilar nela já há algum tempo. Mas melhor que olhar para ele, só mesmo estar lá dentro. O estilo desportivo está lá, mas em doses bem menos pronunciadas. Aquele botão de Start preso ao volante, a fazer lembrar muitos superdesportivos, como os Ferrari… É delicioso de ver. E carregar nele também.

A posição de condução perfeita pede para agarrar o volante com as duas mãos. E com a caixa automática de oito velocidades vêm as patilhas, que neste caso parecem retiradas de um carro de competição… são enormes, percorrendo por inteiro as laterais do volante, numa simbiose perfeita para quando se quer puxar pelo motor 2.2 JTD. É o mesmo que a marca já tinha, mas o WLTP levou a Alfa a descobrir um pouco mais de potência. Ganhou 10 cv. Agora são 190 cv.

Mira bem afinada

Em cidade, o Giulia 2.2 B Tech comporta-se com suavidade, especialmente quando temos o seletor DNA em Neutral (o N do DNA), um dos três disponíveis. Há ainda o All Weather (o A), para pisos mais escorregadios, mas é impossível conduzir o Giulia sem tirar partido do D, o Dynamic, o modo de condução em que mais facilmente perdoamos a suspensão mais seca desta berlina. Não filtra totalmente as irregularidades do piso, mas isso acaba por ser um must quando procuramos tirar partido de todas as capacidades do Giulia.

Quando encontramos estrada aberta, com o Dynamic selecionado, o Giulia mostra-nos um pouco mais desta sua faceta desportiva. Com o tempo de resposta do motor ao pisar do acelerador encurtado, as passagens de caixa mais rápidas, mas especialmente a direção (ainda) mais direta, os 190 cv empurram-nos (sim, é um automóvel de tração traseira) para a frente. É ver o ponteiro sair da posição vertical, a apontar para Sul, a chegar ao Norte num piscar de olhos.

Não há o ronco do Quadrifoglio, mas também não é isso que se quer neste modelo do segmento premium. Há, sim, uma resposta vigorosa, muito bem transmitida para o condutor pelo volante. Permite-nos saber a todo o momento onde vamos posicionar o carro antes, durante e depois de cada curva. O ESP ajuda, mas não impede uma escorregadela aqui e ali. Mesmo desligado, o Giulia não se atravessa, a menos que se faça mesmo por isso.

Tudo tem um preço. E soltar o lado mais desportivo do 2.2 JTD que está debaixo do capot do Giulia acaba por se traduzir em consumos um pouco mais elevados, mas nada de exorbitante. A Alfa Romeo reclama um consumo de apenas 5l/100 km, o que não é fácil de alcançar. Mas enquanto um pé mais vigoroso supera o patamar dos 8l/100 km, uma viagem mais tranquila ficar-se pelos 6l/100 km, um valor impressionante tendo em conta que não é um qualquer citadino. É uma berlina de segmento superior com uma etiqueta de pouco mais de 52 mil euros, aquém da concorrência alemã. São menos euros e mais emoção, para quem gosta da sensação.

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