“Respeito os eleitores, mas nem o PCP nem o BE são partidos democráticos”, diz Maria Luís Albuquerque

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

A social-democrata e ex-ministra diz não entender porque razão António Costa é elogiado por se aproximar à extrema esquerda e Rui Rio é criticado por aceitar reunir-se com a extrema direita.

A social-democrata Maria Luís Albuquerque defende que extremismos não são positivos nem à direita nem à esquerda, apesar de considerar que a opinião pública não vê assim a questão. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), a ex-ministra das Finanças compara a aproximação de António Costa à esquerda (que levou à geringonça) com Rui Rio e os partidos à direita.

“Não devíamos contribuir para se achar que os extremos são normais. Mas não podemos colocar a questão só num dos extremos. Temos de acabar com essa conversa de que há um extremo que é bom e outro que é mau. Os extremos são todos maus, de esquerda ou de direita“, afirmou Maria Luís Albuquerque ao Expresso.

A militante do PSD lembrou que António Costa foi elogiado por se ter aproximado do BE e do PCP, “que são radicais ou extremos”, diz. “Respeito os eleitores do BE e PCP, mas nem o PCP nem o BE são partidos democráticos. Mas respeito os seus eleitores e procuro compreender por que é que votam como votam”.

Nesse sentido, sublinhou que não entende o porquê das críticas ao líder do PSD, Rui Rio, nomeadamente por ter aceitado reunir-se com o deputado único do Chega, André Ventura. “O Chega foi aceite pelo Tribunal Constitucional. E mereceu o voto de alguns milhares de pessoas”, lembra. “Devemos respeitar os eleitores. E procurar se há ou não margem para entendimentos — isso só na prática se verá. Mas não excluir. Se Rui Rio o recebeu, acho bem“.

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