Revolução no Série 1. Mas está tudo lá (e melhor)
Desenho mais bold não será consensual. Faz lembrar o Active Tourer, mas só por fora. Lá dentro há um salto em frente, mantendo-se em estrada toda a sensação que caracteriza a BMW.
Não é uma revolução, mas parece. É uma evolução daquele que é um dos familiares compactos mais apetecíveis do mercado. O desafio era grande, tal foi o sucesso da anterior geração, mas a BMW não teve medo de arriscar, colocando na estrada um Série 1 arrojado. Mudou tudo, tanto por fora como por dentro, mas manteve-se o espírito desportivo que sempre caracterizou, é caracteriza, a marca da Baviera.
O novo Série 1 é daqueles automóveis que têm de ser vistos ao vivo. Quem gosta do atual vai ter um daqueles momentos de “não sei bem…”. Está, efetivamente, diferente. Perdeu aquele look mais esguio. Parece quê inchou. E, de facto, está mais insuflado: mais largo, mas também mais alto. A linha de cintura subiu, seguindo a elevação do capot que é “seguro”, na frente, pela grelha. O duplo rim assume agora maiores dimensões.
O desenho mais bold faz lembrar, visto de frente, o Active Tourer. Não será consensual. E mesmo a traseira parece menos clean do que o desenho da geração que agora se despede. A inclinação do vidro traseiro mantém-se, mas quando assenta na chapa faz quase que uma “testa”, ladeada pelos farolins na horizontal. E é rematada por um para-choques volumoso que ganha mais estilo nas versões equipadas com o Pack M. As entradas e saídas de ar ganham mais expressão, sendo que atrás acabam por sobressair as duas ponteiras de escape.
Premium mais premium
Esta sensação de que estamos perante um familiar compacto que perdeu algum do espírito mais desportivo — que em muito contribuiu para o desejo da geração anterior –, muda quando entramos no novo modelo da BMW (que abre as portas também com um smartphone). Num habitáculo premium em que há mais espaço para todos os ocupantes, temos a mesma posição de condução de mais racing. Estamos mais junto do chão, mesmo que mantendo um campo de visão sobre a estrada.
Os bancos ajudam a essa sensação, assim como o volante de boa pega. Por trás temos um grande ecrã de 10,25 polegadas, idêntico ao que encontramos no novo Série 3, totalmente personalizável, tal como acontece no outro logo ao lado, embutido num tablier totalmente redesenhado. É aqui que acedemos ao rádio, mas também ao sistema de navegação, ao Apple Car Play e ao Android Auto. E que controlamos as restantes definições do Série 1, incluindo o ambiente que queremos no habitáculo. Até as cores, sendo digno de nota o efeito de luz que rasga a parte superior das portas.
Afinação BMW
Feitos todos os ajustes, resta saber como se comporta todo este novo conjunto, adota agora arquitetura de tração dianteira. E com aquela que sera uma das motorizações preferidas no mercado nacional. O 118d, de 150 cv, acoplado à caixa automática de oito velocidades (um extra que ajuda o preço da unidade ensaiada a superar os 51 mil euros) não é um motor para grandes loucuras, mas assenta que nem uma luva neste modelo. Combina consumos reduzidos (média anunciada é de 5 litros aos 100 km) com um desempenho suave para o dia-a-dia e um pouco mais entusiasmaste quando se puxa por ele.
Nunca há falta de potência, nem sensação de potência a mais. A afinação entre motor e chassis, bem como a suspensão é perfeita. Mesmo quando passamos do modo de condução normal para o Sport, ou mesmo o Sport+, é um carro de controlo fácil. As várias ajudas a condução que a marca dotou o Serie 1 ajudam a isso mesmo, sendo permissivas quanto baste para que o condutor tenha sempre “aquela” sensação de condução. O Série 1 mudou, mas tudo o resto está lá. E melhor.
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