Zona franca da Madeira cresce 3% para para 2.300 entidades
O Centro Internacional de Negócios da Madeira cresceu 3% em 2019, isto apesar de Bruxelas estar a investigar os apoios concedidos às empresas registadas na zona franca madeirense.
O Centro Internacional de Negócios da Madeira registou um crescimento de 3%, ultrapassando as 2.300 entidades em 2019, apesar de decorrer uma investigação da Comissão Europeia aos apoios concedidos às empresas instaladas naquela zona franca.
“Os dados apontam para mais empresas e navios registados em todas as áreas”, diz a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) num balanço da atividade de 2019 enviado à agência Lusa.
A SDM salienta que “o número de entidades licenciadas nas três áreas de atividade do Centro Internacional de Negócios da Madeira cresceu mais de 3%, em 2019, atingindo 2.307 entidades”.
A concessionária da Zona Franca da Madeira considera que esta é uma resposta às iniciativas promocionais desenvolvidas para “captar mis empresas e mais navios para a Região Autónoma da Madeira” a nível nacional e internacional.
Em 31 de dezembro de 2019, estavam licenciadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira, 2.307 entidades, sendo 1.579 no setor dos Serviços Internacionais, 48 na Zona Franca Industrial e 680 no Registo Internacional de Navios da Madeira – MAR.
A concessionária da Zona Franca da Madeira realça que “apesar da conjuntura desfavorável”, na sequência do procedimento de investigação em curso desencadeado pela Comissão Europeia sobre o Regime III, no final de 2019 “todos os setores de atividade do Centro Internacional de Negócios da Madeira registaram um aumento de entidades licenciadas”.
No caso do Registo Internacional de Navios-MAR há “um acréscimo de cerca de 10% em termos de navios registados” tendo aumentado de 622 embarcações para 680 entre 2018 e 2019.
Também a Zona Franca Industrial tem vindo a “crescer continuamente” e tem mais uma empresa, enquanto os Serviços Internacionais, “segmento mais suscetível à conjuntura adversa gerada em redor do Centro Internacional de Negócios da Madeira, foram contabilizadas mais 10 empresas do que no final de 2018”.
O presidente do Conselho de Administração da SDM, Paulo Prada, que substituiu Francisco Costa em março de 2019, considera que “estes resultados surpreendem positivamente e contrariam o cenário idealizado por alguns setores que previam uma debandada de entidades licenciadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira”.
O responsável adianta que “pela dinâmica promocional imprimida pela SDM, ao longo de 2019” está convicto que será possível “ultrapassar, com sucesso, algumas indefinições que pairaram sobre o Centro Internacional de Negócios da Madeira”.
Perspetivando 2020, declara que “a SDM tudo está a fazer para manter os níveis de crescimento, em todos os setores de atividade desta praça internacional, de forma a continuar a atrair investimento direto externo e, deste modo, prosseguir a internacionalização, modernização e diversificação da economia regional”.
Paulo Prada conclui que o Centro Internacional de Negócios da Madeira é “um fator decisivo para o crescimento sustentável, inteligente e inclusivo da Região Autónoma da Madeira”.
De acordo com os últimos dados da Autoridade Tributária, o Centro Internacional de Negócios da Madeira tem um contributo de 15% no total da receita fiscal da Madeira e representa 3.000 postos de trabalho diretos, excluindo os tripulantes dos navios registados.
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