O PSD vai a votos este sábado. Cerca de 40.500 militantes escolhem o novo presidente do partido através de eleições diretas. Rio, Montenegro e Pinto Luz estão na corrida.
O ECO enviou para os três candidatos à liderança do PSD um email onde colocava as mesmas cinco perguntas. Nas respostas, Luís Montenegro diz que estará próximo dos militantes, dos autarcas e aberto à sociedade civil. O antigo líder parlamentar de Passos Coelho defende que o interesse nacional pede alternativa e “não subalternidade”.
O que o mais o distingue dos outros dois candidatos à liderança do PSD?
Creio que a campanha deixou claras essas diferenças em termos de ambição programática e eleitoral, de diferenciação face ao PS e de capacidade mobilizadora. Serei um líder de proximidade com a militância, os autarcas e com grande abertura à sociedade civil e aos seus setores mais dinâmicos, numa perspetiva de renovação e rejuvenescimento do PSD. Dei esse sinal quando escolhi como mandatários nacionais a Margarida Balseiro Lopes e o Luís Reis. Um jovem quadro muito qualificado do PSD e um gestor de topo, que não é militante do PSD. Vou agregar, unir e abrir o PSD.
O Presidente da República pediu uma oposição forte na mensagem de Ano Novo. O que é uma oposição forte? Uma oposição forte exclui de todo qualquer entendimento com o Governo ou pode haver temas que são exceção?
O PSD manifestou-se frontal e veementemente contra o Programa do Governo. Também é certo que o PS escolheu voluntariamente a esquerda parlamentar para suportar politicamente o Governo. O interesse nacional reclama alternativa e não subalternidade. Perante este PS imobilista, conformado, estatizante, não reformista, a negociação de acordos estruturais não faz sentido. O PSD deve construir um projeto para ser maioritário no futuro que lhe possibilite transformar Portugal. Entretanto, as iniciativas legislativas do Governo serão votadas em conformidade com o seu mérito. As que forem más terão o voto contra e as que forem boas (se as houver!) terão o voto favorável. Não vamos andar a negociar acordos de fachada e não nos vamos eximir de apresentar as nossas alternativas.
"O excedente virtuoso que Portugal precisa deve derivar não desses fatores mas do crescimento da economia.”
Se vencer as diretas do PSD qual a primeira medida que toma?
No plano interno, começar a construir a unidade integrando nas minhas equipas apoiantes das outras candidaturas. No plano externo, fazer uma interpelação ao Governo sobre o caos que se vive nos serviços de saúde.
O que faria com um excedente orçamental?
As contas públicas estão associadas hoje à maior carga fiscal de sempre e ao pior serviço público de sempre em áreas essenciais. O excedente virtuoso que Portugal precisa deve derivar não desses fatores mas do crescimento da economia. Este tem de assentar num modelo económico amigo do investimento, que seja mais exportador e menos importador, e nas transformações das estruturas do Estado e da economia, geradoras de eficiência, competitividade e produtividade. Um excedente alcançado por esta via permitiria diminuir a dívida e conciliar isso com melhores serviços públicos.
Qual a medida prioritária para que a economia portuguesa cresça mais?
Fomentar o investimento através da diminuição dos impostos, da previsibilidade fiscal e laboral e da desburocratização dos processos administrativos e de licenciamento.
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“Serei um líder de proximidade com a militância”, diz Luís Montenegro
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