Primeiro-ministro ucraniano apresentou a demissão
O primeiro-ministro ucraniano, Oleksii Gontcharouk, demitiu-se na sequência da difusão de declarações que lhe foram atribuídas em que critica o presidente Volomyr Zelensky.
O primeiro-ministro ucraniano, Oleksii Gontcharouk, anunciou esta sexta-feira ter apresentado a demissão na sequência da difusão de declarações que lhe foram atribuídas em que critica o presidente Volomyr Zelensky.
“Com a finalidade de dissipar todas as dúvidas e pela confiança em relação ao presidente, escrevi uma carta de demissão que já foi transmitida”, escreveu Gontcharouk na página que mantém no Facebook. O gabinete do Chefe de Estado ucraniano já confirmou ter recebido a carta de demissão.
“Assumi o cargo para executar o programa do Presidente. Ele é um exemplo de transparência e hombridade para mim. Mesmo assim, para eliminar qualquer dúvida, escrevi um pedido de demissão que apresentei ao Presidente e que pode ser apresentada no Parlamento”, continuou.
Na mesma publicação, Gontcharouk acrescenta que o registo áudio que o compromete foi “manipulado” e que pretende criar de “forma artificial” a ideia de que a equipa que lidera não respeita o chefe de Estado, um “homem a quem os ucranianos depositaram uma confiança sem precedentes”. O primeiro-ministro demissionário diz ainda que Zelenski “tem todo o direito para a avaliar a permanência de cada membro no Governo”.
Numa série de gravações que foram difundidas pelo Youtube esta semana, escutam-se vozes parecidas com as do primeiro-ministro, da subdiretora do Banco Nacional da Ucrânia, Ekaterina Rozhkova e da ministra das Finanças, Oksana Markarova, em que debatem a política económica do país questionando as capacidades do chefe de Estado.
O homem, cuja voz que se assemelha à de Goncharuk, afirma durante a conversa que o presidente ucraniano “não percebe nada de economia”. Na sequência das gravações, vários deputados exigiram a renúncia de Goncharuk, que negou ser o autor das declarações em causa. Goncharuk, 35 anos, tomou posse como Chefe do Executivo em agosto de 2019.
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