“Há demasiado fanatismo”, diz Montenegro e apela à tolerância e paz no PSD

Montenegro defendeu a paz e a tolerância no seio do PSD contra a "crispação e agressividade verbal" atuais. A António Costa deixou um recado: PSD não será tábua de salvação, se geringonça ruir.

Era uma das intervenções mais aguardadas deste Congresso do PSD. Luís Montenegro subiu, este sábado, ao púlpito em Viana do Castelo e apelou à tolerância e à paz no seio do partido. “Há demasiada crispação e demasiada agressividade verbal. Há demasiado fanatismo até“, afirmou o social-democrata que foi candidato contra Rui Rio.

“Disse na noite das eleições que o PSD precisa de paz e de unidade e precisa mesmo; E todos temos de contribuir para isso”, sublinhou. Para Luís Montenegro, há demasiada “crispação” no partido laranja, pelo que é preciso mais tolerância, “debate aberto” e “mais liberdade”, diminuindo-se até “seguidismos de fação”.

A primeira intervenção deste congresso esteve a cargo de Rio, que trouxe uma mensagem semelhante, defendendo que o país precisa de um PSD “mais unido”. “Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido, e acima de tudo verdadeiramente comprometido com a resolução dos reais problemas dos portugueses”, disse.

“Se a geringonça ruir, o PSD não vai ser a tábua de salvação de António Costa”

Este sábado, Luís Montenegro fez questão, além disso, de deixar duras críticas ao Governo de António Costa, dizendo que os serviços de Saúde “estão caóticos” em resultado do “complexo ideológico da esquerda”, que os transportes enfrentam tempos difíceis e que o país continua sem conseguir atrair e reter os seus quadros mais qualificados.

Luís Montenegro salientou também que o PSD precisa de ser “a voz” não só de quem votou neste partido, mas também daqueles que não votaram ou dos que votaram no PS mas que estão agora desiludidos. E deixou claro que, “se a geringonça ruir, o PSD não vai ser a tábua de salvação de António Costa”.

“Se antes de 2023 António Costa e o PS não asseguraram governabilidade à esquerda, só há um caminho: António Costa demitir-se e ir embora à sua vida”, defendeu. Montenegro afirmou ainda que o PSD tem sido chamado a corrigir os erros de governação dos socialistas, mas não é o partido da troika e tem mesmo de aspirar a governar durante os tempos de normalidade.

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