Banca europeia deprime bolsas, BCP fixa mínimos
Principais praças europeias fecharam a semana em terreno negativo, com o setor financeiro sob pressão. Em Lisboa, o BCP atingiu um novo mínimo histórico.
O PSI-20, o principal índice português, fechou a cair 0,77% até aos 4.576,23 pontos, acompanhando o sentimento negativo nas principais congéneres europeias: a bolsa de Madrid cedeu mais de 1%, enquanto Frankfurt e Paris recuaram em torno de 0,5%.
“A sessão ficou marcada por algumas correções com os investidores a fechar as suas posições antes de irem para o fim de semana”, explicou José Correia, gestor da XTB Portugal.
A pressionar os investidores esteve sobretudo o setor bancário. O índice da Bloomberg que acompanha os principais bancos europeus cedeu 1,5%, com vários bancos a afundarem mais de 3% – foi o caso do Bank of Ireland, Bankia, Intesa Sanpaolo, Santander, CaixaBank, Bankinter e Sabadell.
"A sessão ficou marcada por algumas correções com os investidores a fechar as suas posições antes de irem para o fim de semana.”
No caso do banco catalão CaixaBank, o desempenho negativo em Madrid surgiu depois da conclusão do aumento de capital de 1,4 mil milhões de euros, através da emissão de novas ações, numa operação que vai servir financiar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI. Sobre o banco português, de resto, a cotação não registou alterações e fechou nos 1,13 euros, perto do valor oferecido pelos espanhóis.
Por cá, o BCP esteve sob intensa pressão vendedora, com o título a desvalorizar mais de 5% para atingir um novo mínimo de sempre nos 1,46 cêntimos. E isto no dia em que a Jefferies atribuiu aos títulos da instituição liderada por Nuno Amado um preço alvo de dois cêntimos com uma recomendação de underperform, ou seja, antecipa um desempenho inferior das ações face aos restantes bancos europeus.
No mercado do petróleo, o barril de ‘brent’, referência para as importações nacionais, desvalorizava 2,64% até aos 46,39 dólares por barril, ao mesmo tempo que o contrato genérico do crude perdia 2,96% até 44,95 dólares por barril. Isto depois da Arábia Saudita, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, ter descartado perspetivas de um acordo para estabilizar os preços na reunião da próxima semana da OPEP.
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