Quebra nos lucros leva HSBC a cortar 35 mil empregos

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2020

Diretor-geral interino do maior banco da Europa, Noel Quinn, anunciou um corte de 35 mil postos de trabalho, a nível mundial, ou seja 15% do total, num quadro de um plano de redução de custos.

O banco HSBC, o maior da Europa, anunciou esta terça-feira uma quebra de 53% nos lucros em 2019 e a decisão de cortar 35 mil postos de trabalho. Os lucros desceram para seis mil milhões de dólares (5,54 mil milhões de euros), comparativamente ao exercício anterior em que o banco registou 12,6 mil milhões de dólares (cerca de 11,6 mil milhões de euros), de acordo com o relatório de contas, publicado no site da empresa.

Numa entrevista à agência Bloomberg (acesso condicionado e conteúdo em inglês), o diretor-geral interino do HSBC, Noel Quinn, anunciou que o banco vai cortar 35 mil postos de trabalho, a nível mundial, ou seja 15%, num quadro de um plano de redução de custos.

As receitas do HSBC aumentaram 5,9% em 2019 para 55,4 mil milhões de dólares (cerca de 51 mil milhões de euros). Em 2019, os lucros antes de impostos foram de 13,3 mil milhões de dólares (cerca de 12,3 mil milhões de euros), uma descida de 33% em relação ao ano anterior.

Com sede em Londres, o maior banco da Europa, cujos lucros são originados sobretudo na Ásia, considera que o surto do novo coronavírus (Covid-19), que começou no centro da China no final de 2019, causou uma “perturbação significativa” entre o pessoal, fornecedores e clientes, especialmente no continente chinês e em Hong Kong.

“Dependendo da evolução da situação, há potencial para que qualquer abrandamento económico associado tenha impacto em perdas de crédito em Hong Kong e na China continental”, indicou o banco numa declaração.

O HSBC também adiantou que meses de protestos antigovernamentais em Hong Kong, iniciados em junho passado e que se prolongaram até final do ano, também prejudicaram a economia local e os negócios da empresa.

O nosso objetivo imediato é aumentar o retorno dos investidores, criar a capacidade de investir no futuro e construir uma plataforma para um crescimento sustentável“, indicou Noel Quinn. O responsável acrescentou que o grupo pretende reduzir capital e custos em negócios de baixo rendimento, bem como tentar diminuir algumas operações na Europa e mudá-las para a Ásia.

“Também planeamos simplificar a nossa complexa estrutura a nível organizacional, incluindo uma redução de custos, para melhorar a eficiência do grupo”, referiu. A instituição bancária vai pagar dividendos de 0,51 dólares (0,47 euros por ação ordinária, tal como após o exercício de 2018, com um aumento de 0,81% dos dividendos totais para 10,3 mil milhões de dólares (cerca de 9,5 milhões de euros).

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