Desfile da ‘designer’ Alexandra Moura em Milão vai realizar-se à porta fechada
A desfile da coleção de Alexandra Moura, na Semana de Moda de Milão, marcado para segunda-feira, vai realizar-se à porta fechada, sem a presença de compradores e imprensa.
A decisão integra-se no âmbito das medidas para contenção do novo coronavírus, tomadas pelo Governo Italiano, que levaram o estilista Giorgio Armani a restringir o acesso ao desfile e a organização da Semana de Moda de Milão a optar pela apresentação de portas fechadas, com transmissão pelas redes sociais.
Alexandra Moura, que continua a apostar na internacionalização, como explicou à Lusa, em entrevista, na passada quarta-feira, integra novamente o calendário oficial da semana de moda de Milão, a decorrer até dia 24 em Itália.
A ‘designer’ tem também marcada a presença em ‘showrooms’ em Paris.
Alexandra Moura, que há um ano se tornou na primeira portuguesa a fazer parte do calendário oficial da Semana de Moda de Milão, apresenta, na segunda-feira, na capital da moda italiana a coleção “Nu mistura”, para o inverno 2020/2021.
“Sentimos uma crescente curiosidade em relação ao nosso trabalho, à nossa marca. Não só pelo maior pedido de acreditações, até a um aumento de curiosidade por compradores de loja. Isto são sinais de que a internacionalização já está a dar frutos, e que este caminho e este nosso trabalho, que andamos a fazer já há um tempo não podia parar e tem que continuar e tínhamos que estar presentes, obviamente, para que estes frutos possam continuar e possam crescer ainda mais”, disse à Lusa, na semana passada, ainda antes de tomada a decisão de fechar os desfiles ao público, à imprensa e a convidados.
Depois do desfile em Milão, a coleção de Alexandra Moura segue para Paris, onde será apresentada em ‘showroom’. Só depois será mostrada em Portugal, num desfile no Portugal Fashion, que irá decorrer entre 12 e 14 de março, no Porto.
Itália, o país europeu que regista mais casos de infeção pelo novo coronavírus, anunciou hoje a terceira morte no país devido à doença, uma mulher de idade avançada e com cancro, que estava internada “em estado grave” há alguns dias na unidade de oncologia de um hospital de Cremona, na Lombardia, região do norte de Itália que regista 89 casos desta pneumonia viral.
Os casos em Itália estão para já circunscritos a quatro regiões do norte do país: Lombardia, Veneto, Emilia Romanha, Piemonte e Lácio.
As autoridades italianas não conseguiram até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, o que torna difícil prever a propagação do vírus.
O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes na Lombardia.
O Carnaval de Veneza foi cancelado, as aulas foram suspensas em escolas das regiões italianas, e conhecido Teatro alla Scala, de Milão, suspendeu hoje todas as suas atividades.
Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.467 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.
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